!!Top Five Grunge ou quase isso!! Por Rod Castro!

28 de jul. de 2009

Houve um tempo, praticamente 6 anos, que a vida de um roqueiro atualizado se resumia a ouvir pelo menos uma vez ao dia alguma canção ou algum disco dos garotos mal vestidos e de som sujo saídos de um local que a maioria só conhecia graças às transmissões de basquete da NBA na Bandeirantes, a boa e velha Seattle.

Tem nêgo que até hoje afirma que sem Kurt Cobain, Eddie Vedder, Chris Cornell e companhia, o rock teria sumido de vez da face da Terra, mas quem é roqueiro de verdade e cultiva o hábito de ouvir música acima do número 8 do volume do seu aparelho, sabe que essa história de sumiço ronda a categoria faz tempo, mas não se realiza de verdade.

Sim, o movimento foi importante. Não, as melhores bandas saídas de lá não tiveram a mesma repercurção que o fenômeno Nirvana e seu Nevermind, mas muito cara com mais de 28 anos que ouvia rádio e um dia pensou realmente em ter sua banda, já balançou a cabeleira e se vestiu com blusas flanela e bermudão – pode negar hoje em dia, mas cantava e muito Come As You Are e outras.

Para que você relembre os bons momentos do melhor movimento musical, dentro do rock, a “salvar” a década de 90, ou até mesmo para você descobrir porque aquele seu tio na casa dos trinta ainda curte rock, aqui vai o Top Five das melhores bandas que seguiam o estilo grunge de ser – e vai ter gente que vai reclamar…

5 – Nirvana
Praticamente o único power trio da geração – a formação ideal para muitos que apreciam uma boa paulada – compôs a canção mais representativa da geração (Smells Like Teen Spirit), teve o disco, que mais vendeu e rendeu ao estilo grunge o seu primeiro ídolo morto, Kurt Cobain.

3 Músicas Para Por No Repeat, cause?
A já citada “Smells” do disco Nevermind: que realmente ainda faz a cabeça de muita gente, nova ou velha, mas que enjôo depois de tanto tocar em tudo que é lugar.

“Come As You Are” do disco Nevermind: infelizmente não alcançou o mesmo patamar que a anterior, mas sempre foi lembrada por ser mais pesada e ter uma marcante linha de baixo.

“Heart Shaped Box” do disco Inutero: pesada, bem cantada e uma das letras mais interessantes da banda. Dona de um riff, gritada junto com vocal, que até hoje intessifica a raiva de quem a ouve.

Obra-prima:
Nevermind – indispensável para todas as discotecas no planeta e dona de uma capa iconica. Sucesso de público e crítica, um dos famosos discos para a eternidade.

E com tudo isso, como tá em quinto?
Depois de fazer um dos melhores, talvez o mehor disco de sua geração, Kurt se deu mal ao casar com Courtney Love e levar para a sua parte artística todas as frustrações de um amor mal resolvido, resultado: suicídio, uma viúva rica e um baterista polivalente que acabou formando uma boa banda de rock.

4 – Pearl Jam
A banda de Eddie Vedder foi a primeira a fazer grande sucesso pela face da Terra. Grande parte desse potencial vinha de sua constante comunicação com o público via videoclipes. De uns anos para cá – uma das poucas ainda em atividade – vem cada vez mais perdendo sua força criativa e talvez até potencial sonoro – são os tempos de velhice, ou aquele bom som ficou preso no tempo?

3 Músicas Para por No Repeat, cause?
“Even Flow” do disco Ten: mesmo tendo o seu riff tirado de uma música do Jimi Hendrix, a originalidade do som não se perde e ganha força com as subidas de tom de Eddie Vedder, clássica.

“Leash” do disco Vs.: todo o saudosismo de tempos da juventude tão bem usados no primeiro disco ganham seu hino numa música que podia ter sido realizada por qualquer boa banda dos anos 70, talvez o melhor vocal gritado de Eddie.

“Do The Evolution” do disco Yield: uma paulada direta do melhor disco da banda, talvez a composição que sempre fará alguém realizar um solo de guitarra imaginário ao som do Pearl, ou fazer uma pessoa uivar como Vedder.

Obra-Prima:
Ten foi o princípio. Vs. a possibilidade. Vitalogy um caminho. No Code a experiência. Yield é a perfeição. Apesar de ser execrado pela crítica e praticamente ignorado pelos fãs por boa parte da parada Americana estar dominada por outras influências musicais, este é o melhor trabalho feito pela banda e merece ser ouvido com atenção, discão.

E com tudo isso, como tá em quarto?
Simples, o Pearl Jam parou artisticamente após o seu melhor disco. Os demais e os que são lançados hoje em dia não possuem mais a força e a vontade de antigamente, uma pena, eles podiam ser o novo Creedence Clearwater Revival.

3 – Stone Temple Pilots
Já sei que uma hora dessas os puristas devem estar torcendo seus narizes e afirmando que o Stone não deveria pertencer a lista já que não era de Seattle, mas a lista se dedica falar das melhores bandas grunge e é impossível não citar esse quarteto que emulava Led Zeppelin e criava belas canções ao mesmo tempo em que bombardeava com petardos avassaladores. STP tinha que estar aqui, acredite! Ah, é uma das poucas que ainda produz algo hoje em dia.

3 Músicas Para por No Repeat, cause?
“Plush” do disco Core: não há uma obrigatoriedade para esta canção ser a primeira a ser citada, ao contrário, “Plush” é daquelas músicas que não enjoam e ficam melhor com cada ano passado, há camadas para serem descobertas.

“Vasoline” do disco Purple: o riff mais gostoso de se ouvir da banda, dona de um solo perfeito, experimentação na percursão, um vocalista simplista, mas preciso e rápida e apoteótica como uma boa canção de rock deve ser, deixando aquele gosto de “toca de novo” no ouvinte.

“Trippin ´On A Hole In A Papper Heart” do disco Tiny Music… Songs From The Vatican Giftshop: rock & roll de primeiro nível e com tudo no seu devido lugar. Talvez a música menos conhecida das três citadas, mas a mais próxima da perfeição dentre todas.

Obra-prima:
Começar com um disco arrebatador – Core. Arrebentar os padrões do estilo de se fazer música no segundo e premiado disco – Purple. Esse dois passos, largos, fez com que o Stone alcançasse rapidamente o seu ápice artístico e sonoro, com o obrigatório Tiny Music. O CD é bom do início ao fim e retrata toda a capacidade do quarteto, que fez mais dois discos depois dele e acabou se separando.

E com tudo isso, como tá em terceiro?
Pergunte para o Scott Weilland, vocal da banda. Além de um grande vocalista, talvez esse cara seja o mais perfeito panaca para se meter em encrencas que prejudicam não só seu desempenho como a carreira da sua banda.

Entre as idas e vindas da cadeia, Weilland fez dois discos solos e engatou uma parceria com os ex-membros do Guns (Velvet Revolver), ao mesmo tempo os irmão De Leo (baixo e guitarra) tentaram resgatar o Stone com outro nome e depois se uniram ao vocal do Filter numa banda interessante (Army Of Anyone), mas que morreu em seu primeiro disco. Resumindo: a inconstância derruba o templo de pedra dos pilotos.

2 – Soundgarden
Coloque em um grande caldeirão as melhores influências do rock setentista – como Balck Sabbath, Led Zeppelin e Stepenwolf – adicione guitarras no volume 9, uma cozinha hiper pesada e talvez um dos melhores vocalistas da sua geração. Pronto, leve ao forno e garanta excelentes CDs. Esse era o Soundgarden, banda até hoje não tão lembrada pelos fãs da época, mas que deixou saudades.

3 Músicas Para por No Repeat, cause?
“Outshined” do primeiro disco Badmotorfinger: praticamente uma canção do Black Sabbath só que cantada por um vocalista diferente e que uivava em notas difíceis de se alcançar. Repleta de variações interessantes, essa era a música que os fãs do movimento que queriam peso mais gostavam de ouvir no Top 10 EUA da MTV.

“Black Hole Sun” do segundo disco Superunknow: mais lembrada pelo seu vídeo clipe vanguardista – em que as pessoas tinham suas caras esticadas – essa era a confirmação do estilo Sound de se fazer boas músicas: eles faziam parte do movimento, mas tinham muito mais a oferecer e talvez estivessem realmente deslocados no tempo. Clássica.

“The Day I Try To Live” também de Superunknow: não se engane com a calma inicial, nem com as palavras bem cantadas por Cornell, a pancada está guardada com direito a gritos e pegadas de guitarra sensacionais. Ah, por ser do Soundgarden tenha certeza, há variações espalhadas pela canção para não ficar chata ou enjoativa.

Obra-prima:
Sim, Badmotorfinger era aquela maçã mais vermelha da maciera que gerou os frutos grunge.

Mas o melhor estava reservado para o surpreendente e avassalador Superunknow – que tive em minhas mãos e não comprei imediatamente, mas imploro a você que compre – que soa a cada faixa mais que diferente dos demais, é o canto mais firme de uma época.

Depois dele a banda ainda faria o bom “Down On The Upside”, mas já dava dicas de que o fim estava próximo.

E com tudo isso, como tá em segundo?
Ao mesmo tempo que o Soundgarden, de maneira diferente dos demais – nada de escândalos ou entrevistas com seus membros drogados – ia percorrendo sua carreira, o seu vocalista almejava algo que não incluia seus demais companheiros. Assim a banda foi se arrastando para o fim e a distância entre todos era notável nos clipes e talvez até mesmo no som da banda – algo que dava mais um charme às composições, acredite. A banda encerrou as atividade entre 97/98 e deixou milhares de fãs orfãos. E não me venha falar de Audioslave, Soundgarden como o som do jardin, só o original – que segundo Chris tem uma grande possibilidade de voltar, espero que sim.

1 – Alice In Chains
Se o Sound era a banda mais diferenciada por ter seu som baseado inteiramente na mistureba de boas referências o que dizer do Alice In Chains? Uma coisa realmente certa: tinha o vocalista com a voz mais diferente daquele rouco que permeava o estilo, tinha um sensacional guitarrista e com certeza tinha o som mais pesado de todas. Todos os seus discos são no mínimo bons e ainda fez boas músicas para trilhas sonoras e ocasiões especiais.

3 Músicas Para por No Repeat, cause?
Aqui não dá para fazer com três, sem sacanagem. Já foi uma dificuldade imensa no Sound e no Stone, acredite, então por ser o primeirão, abriremos uma exceção e aqui rola um 10 músicas, certo?

“Man In The Box” do primeiro disco Facelift: uma guitarra “enchadada”, uma batida compassada e um vocal berrado como se fosse a segunda guitarra da banda. Inicialmente seria somente isso, mas ela evolui para um refrão grudento com vocal duelado e baixo compassado. Fundamental para lembrar o peso que o grunge também oferecia aos seus apreciadores.

“Sea Of Sorrow” de Facelift: peso, piano, vocais duplos, cozinha apurada e rocão como das antigas em uma só canção. Tudo bem posto e totalmente diferente do que as bandas queriam em seu vídeo clipe: imagens ensaiadas de seus componentes e ar de revoltadinhos. Afinal era o Alice.

“Them Bones” do segundo e prefeito disco Dirt: enquanto a maioria das bandas de seu movimento tentavam em sua primeira música algo que soasse como um hit, o Alice arrebentava tímpanos – e assustava empregadas crentes - com a primeira faixa do seu segundo e tão esperado CD.

“Rooster” também de Dirt: praticamente uma música composta para algum filme de faraoeste. Nela acompanhamos as lembranças de um veterano de alguma guerra ou local em que as armas eram realmente necessárias, revisitando sua biografia ou convivendo com seus fantasmas. Arrepiante.

“Angry Chair” do já citado Dirt: cavernosamente aterrorizante – e quando era tocada com imagens, como no clipe, mais tenebrosa ficava – essa canção possui a parede de guitarras mais conhecida da banda e talvez tenha o melhor solo, curto é verdade, da carreira de Cantrell, o melhor guitar hero de sua época.

“Would?” já te falei de Dirt?: na verdade essa canção foi composta para o filme de Cameron Crowe, Vida de Solteiro, que ratratava a Seattle de quando todas essas bandas surgiram para o mundo. Mas acabou entrando como encerramento do melhor disco da banda. Caso alguém me pedisse uma música que representasse tudo o que o Alice foi, seria essa.

"What The Hell Have I?” da trilha Sonora do filmeco Ùltimo Herói Americano: em um CD repleto de boas bandas de rock, o Alice se saiu melhor que a encomenda, produzindo uma de suas músicas mais pesadas, densas e ao mesmo tempo um rock hit. Merece um repeat quase infinito.

“No Excuses” do terceiro disco Jar Of Flies: uma balada cantada em duas vozes – sendo que o destaque no refrão é cantado pelo guitarrista – mas que de tão suave – mesmo com o solo que só Cantrell fazia – deu um toque especial ao disco de músicas "acústicas" - feito antes do derradeiro MTV Unplugged.

“Again” do quarto e último disco, Alice In Chains, mais conhecido como o “Do Cachorro”: uma paulada como só o AIC podia fazer – ou se arriscava a fazer? – com parede de guitarras, vocais cheios de “annnnnnn”, “Uh” e “Yeah”, bateria e baixos pesados e final abruptamente interrompido.

“Heaven Beside You” do quarto e último disco “Do Cachorro”: tranquila e seguindo o mesmo estilo da já citada “No Excuses” – violão e duelo de vozes contrastantes - a dupla de compositores, a melhor de sua geração?, do Alice rendem o seu melhor numa canção para se ouvir, cantar e até mesmo pensar em sua letra.

Obra-prima:
Infelizmente “Dirt” não teve a atenção merecida quando ganhou as prateleiras das lojas de CDs. Mesmo com um ou dois anos de venda, a banda não recebeu os louros de ter feito um discão, pelo menos não com a crítica, mas os fãs sabiam que aquele segundo disco era a concretização do estilo hard de se fazer grunge. “Dirt” não é perfeito, mas talvez seja o único disco do movimento com o maior número de boas canções e merece lugar de destaque na sua discoteca.

E com tudo isso, como a banda não existe mais?
O Alice é mais um caso, entre tantos, que o vocalista – Layne Staley – se envolveu de tal forma com drogas que não só se destruiu, como levou a banda com ele. Quando Staley foi encontrado vítima de uma overdose de heroína – em abril de 2002 - a banda praticamente encerrou suas atividades, mas está se reorganizando para uma volta. Agora é esperar para crer.

2 comentários:

Unknown disse...

amei o site ....qeria ter achado vcs antes.Valeww!!!

Unknown disse...

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