Viva o DVD, ou: “Desejo e Reparação”, “Conduta de Risco”, “Sweeney Todd” e “O Caçador de Pipas” by Rod Castro

23 de jun. de 2008

Nada de filas, de pessoas falando ato perto de você, de “experts” que vão desvendando o filme por ter lido o livro, ou muito menos o risco de chegar o final e ter o filme interrompido “porque houve falha do estúdio em passar a cópia completa”.

Essas são algumas das várias vantagens que o DVD oferece aos seus locadores e compradores. Outra é que o lançamento, hoje, tem um intervalo muito curto, deixando você tranqüilo em ainda assistir antes do final do ano, aquele filme que deixou escapar nas salas de cinema.

Assim, alguns filmes que concorreram ao Oscar desse ano já foram lançados em DVD, ainda em maio, e merecem ser conferidos: “Desejo e Reparação”, Conduta de Risco”, “O Caçador de Pipas” e “Sweeney Todd, O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”. Assim, passemos todos a limpo e do menos bacana para o mais sensacional.

“O Caçador de Pipas” – não li o livro, odeio hype, sempre confiro o mesmo depois do tempo de “empolgação” ter sua data de vencimento. E continuo a não ler este até o momento, me contentei com o filme. É muito importante dizer que este é mais um bom trabalho do alemão “faz tudo” Marc Forster.

São dele filmes interessantíssimos desses anos 2000, como o drama visceral “A Última Ceia (2001)” – que deu o Oscar de melhor atriz para Halle Berry – o excelente e lindo drama fantasia “Em Busca da Terra do Nunca (2004)” – indicado há vários prêmios - o filme viagem “A Passagem (2005)” e a superestimada “comédia inteligente” “Mais Estranho que a Ficção (2006)”.

“O Caçador de Pipas” é o sexto trabalho desse alemão em território americano – seu sétimo trabalho para grandes estúdios é simplesmente o novo do agente 007, que ainda está sendo rodado – e mais uma vez ele acerta a mão da direção a pesar de em certos momentos o filme empacar (principalmente no segundo ato do filme em que é mostrado o tempo em que o personagem principal mora nos EUA).

Mas o princípio, com a atuação dos dois atores mirins que nunca haviam feito nada como artisticamente até o convite para o filme, e o final do filme – em que acompanhamos de perto o drama que realmente ocorre em países do oriente médio que são abandonados a sorte do “Deus dará” – fazem a experiência ter mais força.

Bom filme: emotivo na medida certa, mas que teve sua construção afetada por um determinado trecho que tira todo o seu impacto principal que é a realidade aterrorizante de uma nação abandonada. Nota 7,5.

“Sweeney Todd, O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” – Em agosto de 1995, depois de muitos curtas e filmes especiais para TV, um filme de Tim Burton estreava em escala maior, mesmo sendo um filme doido o bastante para ter sua assinatura, o chato “As Aventuras de Piui”.

Após dois anos um sucesso com a sua verdadeira marca – o estranho e o escuro - faria um sucesso enorme nos cinemas americanos e mundial, o excelente “Os Fantasmas se Divertem”. E o credenciaria para ser o cabeça da adaptação de “Batman” para os cinemas.

Daqui para frente ele pôs todo o seu empenho e criatividade na parte superior dos pôsteres de filmes importantes como o drama/fantasia “Edward Mãos de Tesoura”, a continuação de Batman “Batman o Retorno”, o subestimado “Ed Wood”, o chato “Marte Ataca”, o bom “A Leda do Cavaleiro Sem Cabeça”, a regravação desnecessária de “O Planeta dos Macacos”, a sua obra-prima “Peixe Grande”, outra regravação superestimada “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, a animação amalucada “A Noiva Cadáver” e este musical/terror/drama “Sweeney Todd”.

E tudo o que Tim sempre trabalha bem está listado e bem executado em esta nova empreitada com o seu eterno colaborador Johny Depp e sua esposa, do Burton hein?, Helena Bonham Carter – que conhece e casou ainda durante as filmagens de “O Planeta dos Macacos”.

O filme tem um visual caprichado, como sempre, explora músicas de forma inteligente e original e têm vários bons momentos, destacando a sua sensacional trilha e direção de arte. O que faz com que este filme não seja mais um excelente filme de Burton e fique somente como um bom filme desse grande diretor é o tom sanguinolento desnecessário e exagerado que faz todo o charme e o tom engraçado escorrerem pelo ralo, ao final da sessão. Nota 8,0.

“Conduta de Risco” – Redator tem vida atribulada. De vez em quando tem a chance de fazer um bom trabalho, noutros faz coisas que até Deus duvida – afinal, há contas a serem pagas todos os dias – e vez por outra acerta tanto no alvo que vê suas letras brilharem em um cinema, algo que realmente deve ser emocionante.

A vida de Tony Gilroy não é moleza, ele é redator. Saíram de seu computador roteiros para filmes meiotes, como “Um Casal Quase Perfeito 1 e 2”, os pseudos Thrillers “Medidas Extremas” e “A Isca”, o clipe catástrofe “Armagedon” e a comédia/aventura “Prova de Vida”.

Roteiros adaptados interessantes e elogiados, como o do suspense dúbio e indicado há vários prêmios “Eclipse Total” (adaptação de um livro de Stephen King) e o drama/suspense/terror “O Advogado do Diabo” (adaptação de um livro de Andrew Neiderman) – filme esse que em minha opinião possui a última boa atuação de Al Paccino, o resto a partir daí é esquecível.

Mas o destaque de Gilroy fica pela sua trilogia de roteiros adaptados dos livros de Robert Lundlum, a que tem o agente sem memória e mortal Jason Bourne como principal personagem. Aqui está o primor e a agilidade que este redator rende quando busca o seu melhor e quando tem algo para influenciá-lo.

Foi com este trabalho que o redator então conseguiu emplacar seu primeiro filme como diretor, o bom “Conduta de Risco”. Um thriller acelerado, repleto de diálogos, com história entrecortada, detalhes importantes e um elenco mais que afinado. Mas que fique claro: Tilda Swinton está muito bem, mas não rouba a cena- algo necessário para que um ator receba o prêmio de coadjuvante.

Se há alguém que realmente merece destaque é o sempre competente e subestimado Tom Wilkinson que rouba a cena a cada fala e entrada. Ta certo que o roteiro de Gilroy merece ser notado, principalmente pela virada no final que na verdade é o início, mas o suspense desenfreado dos últimos 25 minutos de filme vale a espera.

Filmão, no estilo daqueles que não fazem mais. Excelentes diálogos e edição. Nota 8,5.

“Desejo e Reparação” – Há dois anos, após conferir o excelente filme inglês “Orgulho e Preconceito”, vi com outros olhos o que realmente um diretor pode fazer ao ter o controle de uma obra cinematográfica. Melhor ainda, vi uma luz no fim do túnel do segmento cinema de época e essa luz se chama Joe Wright.

A mão desse jovem inglês pode ser sentida em cenas imensas, como a do baile, em planos contemplativos, como o de Mr. Darcy indo atrás de sua amada, na construção de seus personagens, como em todas as cenas em que a família se encontra reunida. Ou seja, o diretor tem competência de sobra para dirigir qualquer adaptação de filme de época sem deixar seu filme se tornar chato ou datado.

É com todo esse potencial que ele entrega mais um filmão, com direito a “f” maiúsculo, o maravilhoso “Desejo e Reparação”. Com direito a musa inspiradora como personagem principal – Keira Knightley que impressiona pela magreza – e mais um bom ator como seu par romântico – papel do sempre competente James McAvoy (indicado ao BAFTA e ao Globo de Ouro pelo trabalho).

Mas o destaque que merece respeito neste belo exemplar de cinema bem feito é a caracterização de época, o brilhante roteiro e a direção apurada de um talento que está em faze total de crescimento criativo, o de Wright, que já engatou mais um projeto que promete e muito: “O Solista” que conta com Jamie Fox e Robert Downey Jr. nos papéis principais.

"Desejo e Reparação" é um dos poucos filmes desse ano que você não pode falar muito sobre o seu enredo, apenas pode afirmar que é um bom drama de época, repleto de viradas interessantes e um plano sequência de mais de oito minutos , que retrata as loucuras que ocorriam em lugares que viveram os horrores da 2a Guerra Mundial.

Sinta e veja porque, ainda hoje, o cinema ainda pode ser chamado de a sétima de todas as artes. Nota 9,0.

!!Top 10 dos melhores redatores de gibi. A continuação!! By Rod Castro

18 de jun. de 2008

Dando continuidade ao top 10 vamos passar a limpo a carreira de mais dois feras atuas dos quadrinhos. Segue o embalo e já pra banca rapá!
8 – Brian K. Vaughan

No Início... É o mais bendito fruto dos novos talentos dos quadrinhos americanos. Começou em editoras pequenas e teve oportunidade de escrever histórias que tem mais a oferecer do que você inicialmente pensa.
Amadureceu... E rumou para o melhor lugar para que poderia ter ido: DC Comics, para os selos mais independentes da empresa para ser mais exato: Wildstorm e Vertigo – “Ex-Machina” e “Y, The Last Man”. Ali ele mostrou a que veio e ganhou uma nova oportunidade, na concorrência, Marvel, de fazer outro bom trabalho a frente de um título de novos personagens jovens, “Os Fugitivos”.
Hoje... Brian é o principal redator do projeto de TV já elogiado por bons escritores e que rende excelente audiência no mundo todo, “Lost”. Seu talento já está sendo posto à prova pelos maiores estúdios de Hollywood que o chamaram para fazer textos originais – tendo já dois acertados para rodar em 2009, sem contar o roteiro adaptado de sua obra de quadrinhos “Y, The Last Man”.
Obra-prima... Difícil escolher. Como desprezar um personagem (“Ex-Machina”) que foi seqüestrado por extraterrestres, ganha poderes sobre todas as máquinas que o cercam e ainda por cima é o prefeito de Nova Iorque – ganhou a eleição principalmente por ter evitado o ataque a 2ª Torre Gêmea do World Trade Center. Ou outro que é o último homem da Terra (“Y, The Last Man”) em um planeta repleto de mulheres, após uma catástrofe que disseminou todos os demais machos? E uma história que mostra a visão dos leões do Zoológico do Iraque (“Os Leões de Bagdá”) sobre o bombardeio dos americanos a capital do país – uma das mais lindas recentes histórias já feitas em quadrinhos.

A palavra que o define... Originalidade.

7 – Ed Brubaker
No Início... Brubacker levou muita porrada por ser um “gringo” em Porto Rico, consumiu drogas e quadrinhos, levou mais porrada e dessa vez também retribuiu. E após um tempo de prisão decidiu virar escritor de livros policiais no formato pocket, de editoras independentes, para ter uma rendinha e distrair a mente.
Amadureceu... E ainda precisa? Uma juventude dessas vale por 20 anos de experiência. Mas o conhecimento de casos e bastidores de operações policiais lhe rendeu uma oportunidade em três gibis da linha Batman da DC – Batman, Gotham Contra o Crime e Mulher Gato - que acabaram por catapultar seu nome para projetos mais importantes, como a reformulação de um título há muito deixado de lado pela Marvel, o Capitão América.Hoje... Brubaker tem sob sua tutela 4 interessantes linhas de personagens em uma seqüência de boas histórias de dar inveja a veteranos da indústria dos quadrinhos: Uncanny X-Men, Capitão América, Punho de Ferro e Demolidor.



Obra-prima... É quase impossível não falar de duas incríveis linhas que foram totalmente alteradas, de forma brilhante, por Brubaker: Gotham City Contra o Crime – em que acompanhamos o dia-a-dia dos policiais de Gotham que se vem a sombra do morcego; e a esplendorosa e revigorante fase a frente do título do Capitão – incluindo aí a sua morte e a volta do seu parceiro de Segunda Guerra Mundial Bucky.


A palavra que o define... Cadência.

!!Homem de Ferro, Indiana Jones e Speed Racer... ou: faltou Nárnia!! By Rod Castro.

12 de jun. de 2008

A vida dá voltas e nem sempre completas. No máximo de 180º, o que é bom já que você não pára no mesmo local. Mas cria certas situações que somente sendo muito besta para não relembrar. Uma delas é aquela em que você, por ser do jeitinho que gosta de ser, acaba sendo criticado, sacaneado e até mesmo ridicularizado.

Digo isso porque hoje em dia pessoas com mais de 23 anos e moleques – no bom sentido - que começaram a carreira de “sabedor cultural” se orgulham, com direito a sorrisos, de serem chamados de “Nerd” – palavra de cunho pejorativo criada por Dr. Seuss (criador do “Grinch”) em uma de suas divertidas histórias malucas.

Essa palavra, abdicada durante anos por CDFs, roqueiros, gibiteiros e demais eiros, hoje é caçada por dezenas de pessoas – quase sempre homens – e ser nerd te traz um estilo “up”, ao ponto de no último filme – deletável - do Homem Aranha, haver uma cena em que Peter Park fica feliz ao ser chamado pela alcunha por seu amor – mais louco ainda, é você estar no cinema e notar que as fêmeas ao redor apertam forte os braços dos seus parceiros-machos, com certo orgulho.

Bem, a realidade é a seguinte irmão de nerdiçe dos tempos do ronca: ser nerd é ser o cara, tanto nos cinemas da cidade quanto nos colégios em que as meninas já notaram que namorar pit boy te leva para caminhos piores quando se almeja algo a mais do que somente dar pinta. E isso se deve a onda retro.

Assim, sai sexta-feira, chega outra, nos cinemas do mundo inteiro, pipoca um filme nerd para você se divertir e mostrar todo o seu pseudo-conhecimento tirados da internet, frente a centenas de pessoas “off” e que não são tão... tão nerd como você, ora bolas! – esse é o momento em que os cantos da sua boca tomam direção opostas e ficam mais próximos das suas orelhas, já que o orgulho é incontido.

Assim vamos dar uma avaliada em três dos mais esperados filmes “Nerds” que foram exibidos neste último mês de Junho, simbá?

Speed Racer: Vamos fazer uma lista de desempenho? Cortes aproximados em que você via os personagens que dirigiam os possantes, como no desenho? Confere. Personagens fidedignos – ainda mais o gorducho? Confere. Cenas de corridas amalucadas? Com certeza. Opa! Então temos um filmão nerd? Nops.

Se eu pudesse definir Speed Racer em uma palavra, seria: cansativo. Aceleradamente cansativo, tanto para os olhos quanto para o cérebro. E o erro vem da equipe lá nos boxes – os irmãos Wachowski que desde Reloaded, não acertam a direção, literalmente.

Vai para a estante de DVDs? Com Certeza, mas não sai na primeira fila. E se isso realmente fosse um test drive, o filme estaria recebendo um 7,5.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal: O tempo, este fator importantíssimo para arqueólogos pregou uma peça em seu maior representante nos cinemas. Isso é notável pela cara (pelancuda) de Harrison, pelos efeitos que nunca fizeram parte da história de Indiana nos cinemas e pela falta de vontade de um roteiro remendado a duras penas – fator presente em oito de dez produções com o selo “Hollywood de qualidade”, atualmente.

Mas há esperança, afinal Indiana sempre consegue ter a sorte ao seu lado, por isso: a cena de início do filme (respeitando o aspecto de que ele está numa enrascada irreversível que consegue, ao final, ser resolvida), a química de Harrison e LaBeouf (pena que River Phoenix faleceu, mas graças a mãe e pai de Shia o filho de Indi arrebenta) e algumas cenas de aventura são o destaque do filme. Mas...

A cena do “filho do Tarzan” e algumas forcações tiraram o charme de trucagem que sempre se fizeram presente. “Tempo, tempo, mano velho...”. Nota 8,0 (o que não é boa nota se tratando de um ícone dos anos 80).

Homem de Ferro: Tony Stark talvez seja um dos personagens ais interessantes e complexos já imaginados pelo mestre dos quadrinhos, Stan Lee – em sua fase estupidamente criativa a frente da Marvel Comics. Tudo por um fator: Tony não tem poderes, é um ser humano e suas grandes armas são seu charme e inteligência.

O que lembra muito outro personagem, mas da rival DC Comics: Bruce Wayne/Batman. E nada melhor do que ter um diretor que já foi redator e que conhece cinema em sua estrutura, assim como o líder de filmagens da nova seqüência de filmes do morcegão (Chris Nolan), foi com esse estilo de trabalho que a Marvel contratou o excelente John Fevreau (diretor de um dos melhores filmes infantis dos anos 2000: “Zathura”).

E se você tivesse personagens tão parecidos, porque não arriscar num jeito de contar a história parecida como foi contada a do outro? O início de “Homem de Ferro” é muito parecido com a de “Batman Begins”, temos uma formação de Tony a nossa frente e em seguida uma situação chave que muda tudo em sua vida.

Assim acompanhamos a mudança de caráter e a dualidade em ser um reles humano e ser um herói. O fator escuridão de Batman não está e nunca esteve presente na história de Homem de Ferro – apesar de termos o embate mais importante do filme no escuro e em minha opinião, até mesmo, bem fraca.

Ponto para Fevreau que acertou na contratação de seu elenco (o próprio diretor está atuando como motora de Tony), ponto para a história que apesar de ser longa tem grandes momentos, ponto para Robert Dowey Jr. que nasceu para encarnar Tony (num futuro próximo vocês verão no fundo de um copo de Whisky, o que eu estou falando) e ponto para a Marvel Studios que toca pela primeira vez um projeto próprio, longe de “grandes estúios” e consegue no mínimo respeito a uma de suas melhores criações adaptadas em tela grande.

Nota 8,5, com direito a “Iron Man” do Sabbath tocando de fundo.

E faltou eu assistir a elogiada continuação de "As Crônicas de Nárnia".

!!Top 10 dos melhores escritores de quadrinhos atuais!! By Rod Castro

11 de jun. de 2008

Admirador de quadrinhos que sou há mais de 25 anos (como estou velho), vira e mexe, alguém sentencia: “e qual é o melhor escritor de gibis de heróis atualmente?”. Sempre que listo três, quatro nomes que não são Will Eisner, Alan Moore, Neil Gaiman e Frank Miller (o que para os fãs tem o mesmo peso de se dizer: Deus e a sagrada trindade), a pessoa ouve e diz: “Hein?”.
Para que os bons autores atuais de quadrinhos não lhe sejam mais desconhecidos, listo aqui os dez que realmente me fazem comprar gibis, sem, ao menos, me importar com o desenho – é lógico que quando os dois se somam o resultado é melhor. São também os mais comerciais redatores da nona arte e às vezes não merecem o respeito que realmente deveriam receber.

O que é mais bacana é que a maioria pode ser encontrada com uma história em uma banca perto de você, segue o bonde e boa leitura!
10 - Kurt Busiek

No Início... Kurt teve que ralar muito em editoras marromeno. Sua primeira grande chance foi escrever o gibi do “Lanterna Verde” da DC Comics. Seu pulo do gato foi assumir um gibi chamado “Astro City” no recém formado selo da editora Image, o Wildstorm.
Amadureceu... Em “Astro City” se mostrou um verdadeiro bom escritor e deu vida a personagens baseados nos clássicos que na época eram maltratados por suas editoras, tipo Superman, Batman e outros. Não deu outra, foi chamado para assumir pesos pesados da Marvel Comics, como “Homem de Ferro”, “Vingadores” e “Homem Aranha”.

Hoje... Kurt está na DC e escreve o título “Superman” (que está em bancas brasileiras no momento) e o novo mega-sucesso da editora “Trindade” (com Super, Batman e Mulher Maravilha, somente nos EUA).
Obra-prima... “Marvels” feita ao lado de Alex Ross que lançou um novo estilo realístico, seguido à risca por outros escritores do meio. “Astro City” é um material excelente e diferente dos demais por beber na fonte da simplicidade. O “novo Conan” que Busiek fez para a Dark Horse (isso mesmo, a Marvel vendeu o personagem!) e o confronto definitivo entre os grupos mais famosos da Marvel e DC (“Vingadores vs. JLA”) também merecem destaque. Todos já foram lançados no Brasil!
A palavra que o define... Clássico.

9 – J.M. Straczynski

No Início... O Sujeito em questão – que você deve estar achando até que errei seu nome, mas não é esse palavrão mesmo – começou sua carreira na televisão, fazendo roteiro para seriados, sit coms e revistas.

Amadureceu... Em seguida rumou para os seriados mais interessante e alguns anos depois criou o “elogiado” “Babylon 5” para a TV, que fez enorme sucesso. Rumou para os quadrinhos logo em seguida e fez o elogiado “Rising Stars” do selo Top Cow da editora Image. Dali pra frente convites choveram e um deles foi assumir o título do “Homem Aranha” em que J.M.arrebentou bem no início criando novos personagens e até mesmo dando uma nova cara para Peter. Mas o melhor estava por vir.
Hoje... Recentemente fez seus dois derradeiros trabalhos para a Marvel – “Thor” e “Poder Supremo” – e alegando diferenças com o editor máster da empresa, Joe Quesada, se mudou de mala e cuia para Distinta Concorrência, em que vai assumir grandes projetos ainda não divulgados.
Obra-prima... “Esquadrão Supremo” é o nome de um grupo de uma antiga editora, a Malibu, que foi comprada pela Marvel no finzinho dos anos 90. O grupo que chupava desde a formação ao estilo de narrativa dos “Vingadores” da Marvel acabou tendo toda a sua mitologia recriada por J.M. que fez um trabalho digno de elogios e prêmios.

A palavra que o define... Repaginar.