

Pi foi a afirmação de um talento nascente e que tinha mais a oferecer do que os vários “talentos” que recebiam total apoio dos grandes estúdios. Esse primeiro marcante trabalho deu ao jovem diretor Americano, de sobrenome difícil, a oportunidade de adaptar um polêmico romance de 1978, agora apoiado por um estúdio maior e com bons nomes no elenco, e que viria a ser a sua obra-prima: Réquiem Para Um Sonho.
Um retrato inicialmente empolgante e em seguida péssimista da vida de 4 personagens que de alguma forma se ligam – na verdade todos tem em comum a inteiração com o personagem do jovem drogado que decide ser traficante (Jared Leto em sua melhor performance até hoje).

O soco desferido por Réquiem acertou em cheio as premiações mundo afora e arrancou o ar de diversas pessoas que assistiam ao filme – um grande redator publicitário de Manaus sempre me afirma que esse é um dos filmes mais deprimentes que ele já assistiu, eu também acho. Era o golpe derradeiro de Darren em Hollywood, ele então voltaria ao primeiro passo e filmaria algo seu novamente, como em Pi, saiu de sua cabeça o subestimado Fonte da Vida.
Quase dois anos de desenvolvimento – um bom tempo de pré-produção. Atores contratados - Brad Pitt (lembra dele com barbona tipo colonizador?) e Cate Blanchett) - cenários gigantescos levantados, tudo pronto até que um furacão levou o sonho de Darren e pôs várias camadas de terra sobre a primeira parceria entre ele e Pitt.

Em The Fountain ele se desfez de si mesmo: jogou fora a edição ritmada, os efeitos sonoros, se rendeu a contemplação das imagens, desfigurou seu estilo de mostrar ícones representativos e entregou seu trabalho mais difícil e totalmente espiritual. Um filme que ainda será descoberto pelos críticos do futuro e que pode ganhar mais atenção pelo público que está pondo seus virgens olhos no mais recente trabalho de Darren, o sensacional O Lutador.
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