!!Agora eu te acho foda… ou: novo Cd da Pitty nada de fórmulas!! Por Rod Castro!

8 de set. de 2009

Há mais de 10 anos, em um tempo em que CPM 22 era Caixa Postal Mil e Vinte e Dois e Dead Fish era conhecido como Peixe Podre, dois amigos, todas as semanas, passavam-me cassetes e mais cassetes de bandas do Brasil inteiro.

Entre algumas muito boas e outras esquecíveis acabei ouvindo uma baiana, daqual nem me recorodo nome, que tinha boa vocalista e um pouco de peso. Nesta banda, que não me recordo o nome e que não gogarei para lembrar, estava uma pessoa que tempos depois seria um ícone entre adolescentes que se revoltam pelas mais diversas causas, Pitty.

Foi com esse pensamento – lembro de ti de algum lugar? – que assisti pela MTV o clipe de “Máscara”, single que lançava a cantora baiana que não parecia vir de lá – nessa última década vieram as populares: Daniela, Margarete e Sangalo.

Mas ainda com todos esses elogios, o primeiro e segundo disco da artista – que na verdade é uma banda com o nome de sua vocalista – não acertaram no ponto. Ambos possuem bons momentos, tem letras interessantes, mas no total, não chegava ao ponto que os ouvintes esperavam, não havia uma ideia central.

É com esse patamar: artista endeusada, que produz bons CDs e que não sai do MP3 player dos adolescentes, que “Chiaro/Escuro” – claro/escuro em italiano – chega às lojas especializadas. Um discão, daqueles para se ouvir várias vezes para se notar que todas as músicas são no mínimo boas.

Nele você encontra a melhor música já feita pela banda: o petardo-em-ritmo-de-jovem-guarda (uma homenagem aos 50 anos de carreira do rei?) e hit instantâneo “Me Adora”. Um grude cínico e repleto de camadas ritmicas – com direito a castanholeiras e gemidos em momentos chave. Encontra ecos da melhor banda de rock dos EUA, o Queens Of Stone Age – em “Medo”, “Fracasso” e na engraçada “Desconstruíndo Amélia”.

E ainda tem espaço para algo que os Titãs já foram capazes de fazer, não só em ritmo, mas em letra mesmo, na excelente: “Trapézio” e na faixa de abertura “8 ou 80”. Há deslizes em uma ou outra canção, mas nada que atrapalhe o conjunto – sem trocadilhos.

Um bom disco de rock nacional e pela primeira vez pensei em votar na Pitty como artista do ano na premiação da MTV Brasil, afinal, ela desfez de sua fórmula e tirou seu nome do lado de alguns que só possuem um jeito de fazer música – os emos, no caso. Nota 8,5.

2 comentários:

Daina Luiza disse...

Esse eu tenho lo original! ;D

Rod Castro disse...

E eu estou pensando sinceramente em comprar!!! Ainda mais com o preço de R$ 19,80 nas Americanas do Centro!