!!E Oscar foi… lá pra casa – Parte 2 - ou: “Foi Apenas Um Sonho”!! por Rod Castro!!

4 de set. de 2009

Seguindo as dicas do post anterior, mais dois filmes que concorreram ao Oscar e outro que foi totalmente ignorado, uma pena.

“Foi Apenas Um Sonho” – O inglês Sam Mendes é um dos melhores diretores surgidos na virada da década de 90 para os anos 2000. São dele obras viscerais e até mesmo visionárias como “Beleza Americana”, “Estrada Para a Perdição” e “Soldado Anônimo”.

Em comum: todas, de alguma maneira, retratam os EUA, tem grande elenco e maravilhosa equipe técnica em todas as áreas. Não diferente das demais, mas talvez um pouco menos inspirada é sua última obra a sair nos cinemas e que agora chega em DVD, “Revolutionary Road”.

Segundo filme de Sam a retratar um época – “Estrada…” se passava nos anos 30/40 – “Foi apenas Um Sonho” consegue ser atual e tão tocante quanto a maioria dos dramas que jovens casais sempre viveram: escolhas não tão pensadas, vidas libertas repreendidas, empregos que na verdade são trabalhos e a total noção de que a vida passa de forma diferente quando você deixa a vida te levar – como fala aquele samba.

Não existe superfície nesse drama tão bem encenado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio – sim, foi uma falta de respeito ele não ter sido indicado a premiações importantes pelo seu trabalho neste filme. Logo no início podemos notar que há uma distância entre o casal e o mal me quer é bem mais forte que o bem me quer.

E quantos casais hoje e sempre, não viveram essa situação: sem contato físico ou carinho, mas com discussões que por pouco não chegam as vias de fato? Outro aspecto importante: a falsa impressão que eles – o casal – quer passar para as demais pessoas próximas – vizinhos, amigos de trabalho e até mesmo o casal que providenciou a casa localizada na rua que dá o título original do filme.

O tal sonho do título original é uma busca pelo que já foi um dia. Explicando: a esposa propõe ao marido um abandono daquela realidade que dia a dia acaba com a relação – como se fosse somente o local – e ele abraça a causa de tal forma, que acaba propondo algo diferente no trabalho sacal. Resultado: ele é promovido, como fica o sonho? Vira um pesadelo obviamente.

E esta certeza que o roteiro passa é o maior: a previsibilidade, algo incomum na sequência de filmes feito por Mendes. Sim, o final do casal de velhinhos é significativo, assim como a fotografia, trilha e o grande papel feito pelo sempre desconhecido Michael Shannon – falando as verdades que somente um louco é capaz. Bom filme, mas devia ter sido mais tendo o comando desse grande diretor. Nota 8,5, apenas.

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