!!Entre atitude e diversão, o Jet prefere a segunda opção!! Por Rod Castro

28 de set. de 2009

Fala pra mim algumas bandas que vieram da Austrália. Tá, tenta lembrar comigo: AC/DC (porrada, mas festeiros), Midnight Oill (atitude ecológica, mas ô banda ruim), INXS (talvez a melhor dentre tantas) e … mais recentemente o Jet.

Uma banda descompromissada com a parte histórica - apesar de uns riffs lembrarem, apenas isso, os feitos com maestria pelo guitarra do AC/DC – mas que sempre capricha no pop e nas levadas românticas. Mas a carreira do Jet, em resumo, fica nisso: um meio termo. Talvez este seja seu maior problema, nunca teve maior definição artística.

Após dois discos, o que se pode chegar a conclusão é o seguinte: eles buscaram o algo mais, bateram em hits que fizeram os jovens dançarem e levaram alguns dinossauros a prestarem mais atenção em seu som, mas foi apenas isso. E isso é pouco para um quarteto com dois bons discos como eles.

Pior, todos sabem que o terceiro disco é a hora da virada e ao mesmo tempo o momento certo para mostrar sua capacidade criativa. Aqui, coragem é metade da solução pra esse dilema.

Os Strokes tiveram e fizeram um disco que agora está sendo adorado. Os Arctic Monkeys também e mais: saíram da sua casa natal – Inglaterra – e chamaram um produtor de peso para o novo trampo (o guitarra e líder do Queens Of Stone Age). Mas e o Jet? Teve medo e seguiu sua fórmula de fazer música.

“Shaka Rock” não é um disco sensacional, não tem o frescor dos anteriores, mas tem rock (“Seventeen” e “Beat On Repeat”), pop (“Black Hearts On Fire” e “Times Like This”), baladinhas (“Goodbye Hollywood”), rock estilo Fab Four (“La Di Da” – parece “Obladi, Oblada” e “Walk”) e hits (“KIA” e “Shes a Gennius”).

A diferença de “Shaka…” para os anteriores: muitas faixas e algumas passaram a ideia de que realmente sobraram, como as forçadas “Let Me Out” e “She Holds A Grudge”. Uma pena, já que em “Start The Show”, a banda mostra que é capaz de fazer mais, apenas não deseja.

Enfim a poeira do deserto australiano, que foi bem levantada em trabalhos anteriores, dá uma baixada. E a pergunta que me faço é : sera que as brigas relatadas por produtores e engenheiros que participaram das gravações desse trabalho, acabou afetando o disco? Infelizmente parece que sim. Nota 7,5.

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