
“Tem que provar pra saber se gosta filho...”. Com certeza em algum momento de sua vida essas palavras foram ditas por um parente próximo, quando você teimava em não experimentar um alimento com cara esquisita.
E qual relação essa afirmativa paterna tem a ver com um filme ou até mesmo o cinema? Simples: quantos filmes você não assistiu porque não gostou do pôster, do estilo de filme ou até mesmo por uma combinação de nomes envolvidos na produção da película? Dezenas, senão centenas, não?
Recentemente o excelente ator Daniel Craig foi a maior vítima dessa máxima de “não provou e não gostou” do cinema. Que ele é feio – apesar da mulherada que assistiu ao primeiro trabalho do ator sob a encarnação de Bond ter feito cara feia antes de ver o filme e depois tê-lo achado com cara de “macho” – ninguém discuti, mas que a sua “excêntrica” beleza é inversamente proporcional a sua capacidade de atuação, isso é provado e comprovado a cada trabalho feito.

E se em “Cassino Royale” Daniel fazia você esquecer Connery, Moore, Dalton e até mesmo Brosnam. E melhor: fazia você acreditar que aquele ser de fantasia pode existir e estar pulando atrás de malfeitores pelo mundo. Em “Quantum Of Solace” novas camadas de realidade são acrescentadas a nova mítica do personagem: vingativo, mais frio, concentrado e ainda assim humano.
Nessa nova aventura descobrimos o que ocorre logo após “Cassino”. Bond vai atrás dos responsáveis pela morte de sua amada Vésper. Mesmo que para isso desobedeça regras – M se pudesse matá-lo não hesitaria em fazê-lo – se transforme em um assassino de provas – a pancadaria está mais rápida e mortal – e deixe até de lado algumas boas Bond Girls.

E se você souber que o diretor do filme é o excelente alemão Marc Forster? Aí é de se avaliar o quão diverso é esse novo capítulo na nova vida do espião mais perigoso do mundo. Afinal, não é todo dia que o diretor de filmes como “A Última Ceia”, “Em Busca da Terra do Nunca”, “A Passagem”, ”Mais Estranho Que a Ficção” e “O Caçador de Pipas”. Nota 8,5!
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