!!A Grande diversão do ano? Ou “Little Joy”, o projeto de um Hermano com um Stroke!! Por Rod Castro!

26 de nov. de 2008

Desde que o mundo é mundo, as pessoas sempre pensam em fazer algo “por fora”. Como assim? Simples, tem uma hora que você cansa do que faz com algumas pessoas e acaba investindo numa nova forma de ser. Mas calma. Nada de traições ou casos. Mas sim experimentações.

Alguns dizem que é moda no mundo da música atual você dar umas voltinhas com membros de outras bandas e tocar projetos paralelos.

Recentemente duas bandas das quais sou apreciador, “Queens Of Stone Age e System Of A Down” – chamadas através de códigos por este que aqui escreve por “QOSA e SOAD” – tiveram lançamentos interessantes.

O vocalista/letrista/líder e faz tudo Josh Homme, do Queens, reuniu uma trupe, sob o nome de “Eagles Of Death Metal”, e fez um bom disco de rock; enquanto o guitarra e o batera do SODA se juntaram e fizeram um disco “mais do mesmo”, sob o nome de “Scars On Broadway”.

Mas nem sempre essas grandes reuniões resultam num excelente material. Mas esse não é o caso da junção do melhor “Hermano” Rodrigo Amarante, com o batera brazuca Fabrízio Moretti dos Strokes. A banda se chama Little Joy – pequena diversão – e é formada por apenas três membros, os dois já citados e a namorada do último.

A definição do som é muito mais do que “Los Hermanos com Strokes, Strokes em português ou Hermanos em inglês”. É diferente de ambos, apesar de se parecerem na essência, entendeu? Então eu explico: logo na primeira faixa você ouve uma típica música americana, daquelas que foram feitas para comerciais de margarina, sabe?

Mas “Brand New Start” tem muito mais a oferecer do que se parecer com algo: ela é leve, muito bem interpretada por Rodrigo e tem um toque saudosista na medida, uma das músicas mais bacanas do disco.

O saudosismo é algo presente por todo o disco e chega a ser um toque do trio, como em “Don’t Watch Me Dancing”, “Evaporar” – cantada em português, “Play The Part”, “With Strangers” e a sensacional “Shoulder To Shoulder” – perfeita para um bailinho no estilo anos 50.

Mas seus ouvidos devem estar preparados para as músicas mais agitadas que tem o melhor de Amarante e Moretti: desleixo vocal, com bateria precisa para cada estilo, como em “No One’s Better Sake”, “The Next Time Around” – de vocal dobrado e com trechinho cantado em português – “How To Hang A Warhol” e a melhor de todo o disco, “Keep Me In Mind” que merece repeat infinito no seu MP3 Player.

Agora fica a pergunta: será que Fabrizio volta mesmo em Fevereiro para a gravação do novo disco dos Strokes sem arrastar nada desse trabalho? E Amarante volta pro Brasil pensando em se reunir com os outros Hermanos?

Boas perguntas que serão respondidas com o tempo. Nota 9,0

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