
Uma mistura de Black Sabbath com Led Zeppelin. Esta era a minha primeira definição sobre a banda assim que pus meus tímpanos em seu primeiro disco, intitulado com o nome da banda.
Músicas interessantes, apresentações viscerais, clipes bem bolados, premiações, shows lotados, boas vendas. Tudo estava a favor do Wolfmother, que para impressionar mais ainda seus ouvintes e crítica, tinha uma média de idade entre os 23 anos, assim que surgiu.
Era a banda certa, surgindo no momento certo. Até que a gravadora cobrou um novo disco, já acertado em contrato. Ai tudo foi por água abaixo. A banda entrou em conflito, as acusações começaram e um sumiço imediato tomou conta do Wolfmother e ano de 2008, o que a banda deveria entregar um novo álbum, passou em branco.

Melhor do que se esperava. O segundo disco do Wolfmother: Cosmic Egg tem uma pegada de estrada e uma ousadia que o difere do primeiro trabalho da banda, mas a distancia é proposital e traz novas camadas ao som já anteriormente proposto. É rock de qualidade, tocado com maestria, com letras sobre unicórnios e garotas. Ou seja: é o velho (?) Wolfmother, com roupagem nova e sugando a sua fonte seiscentista: Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath.
“California Queen”, “Sundial”, “10.000 Feet”, “Pilgrim” e “Black Round”caberiam em qualquer disco do Sabbath; “New Moon Rising”, “Cosmic Egg”, “Cosmonaut”, “Eyes Open”, “In The Castle” e “Phoenix”seriam repertório em qualquer show do Purple; “White Feather”, “In The Morning”, “Far Away”, “Caroline” e “Violence Of The Sun” fariam os monstros do Led balançarem suas cabeças.
É com toda essa pompa que o Wolfmother segue rumo ao estrelato já previsto. E que agora eles se unam e façam bons trabalhos como estes, afinal, os saudosistas de um bom rock agradecem as homenagens e cantam suas músicas. Nota 9,0 (obrigatório para a sua coleção de discos da safra de 2009).
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