
Sim, assim como centenas de pessoas que lá estavam no Studio 5, eu e minha prima eramos dois que haviamos adquirido os LPs/CDs da banda e não só sabiamos de cor as letras, assim como as loucuras que Mike Patton era capaz de realizar em cima de um palco – não esperavamos, mas ele se jogaria, com direito a mortal, sobre os metaleiros próximos ao palco; pularia como um canguru insandecido durante boa parte da apresentação e encerraria sua performance com um salto de encontro a bateria, paralisando a apresentação por alguns minutos.
Com tudo isso é óbvio que aquele show foi no mínimo espantoso e significante para todos que estavam lá. Por mais de uma hora e meia, cantamos, nos divertimos, ficamos surdos e vimos uma

Naquele mesmo ano em que vi a banda com meus próprios olhos ao vivo, ouvi seu segundo excelente – e até hoje subestimado disco – “Angel Dust” a exaustão. Torci para que eles voltassem ao país e lembrassem que os amazonenses tinham feito tudo o que podiam para eles gostarem de ter passado por aqui, mas não existiu tal apresentação.
Dois anos depois, confeço que havia me afastado do Faith. E mesmo em 1995, quando eles lançaram, o que em minha opinião hoje é o seu melhor disco, “King For A Day, Fool For A Life Time”, deixei de lado a vontade de escutar o trabalho e acabei ficando para trás. A recuperação e a aliança entre meus ouvidos e som da banda foi feito um ano depois, quando um amigo me mostrou uma apresentação deles em um estúdio de uma rádio em São Paulo.
O Faith voltava a minha discoteca e teria mais presença em minhas audições solitárias em meu quarto, com direito a gritos e pulos – que faziam o aparelho de CD pular ou silenciar suas caixas, dependendo da intensidade do salto. Até que em 1997 Patton e seus 4 “amigos” lançavam o CD com o título mais sacana que já vi nesses últimos anos: “Album Of The Year”. A cada faixa passada, sentia algo diferente, como se fosse uma despedida, um certo despreendimento com o público e principalmente, uma mensagem cifrada de que eles não eram mais os mesmos – ainda assim realmente era um dos melhores discos do ano, afinal era um CD do Faith.
Houveram apresentações da banda, mas o sucesso da antes não era alcançado. E os rumores começaram a surgir de todas as partes, como: eles não se dão mais bem; Mike Patton passa

Em 19 de Abril de 1998, apõs muito se comentar e nada se concretizar, Bill, o baixista, em um email no site da banda comunicava que a “banda encerrava os boatos de separação… com uma separação”. Era assim, de uma forma até criativa, sem alardes ou marketing, que o Faith parava.
Nesses últimos dez anos de separação, ouvia-se de tudo: Mike fez o certo, é só ouvir os projetos dele – Fantômas, Peeping Tom e Tomahawk - e você vê que o cara era mais do que uma banda; o baterista se tornou o batera official de Ozzy Osbourne; o baixista trabalhou no projeto El Ninõ; e Rod produzia CDs de novas promessas do mundo do Rock.
Ah e quase ninguém falava de uma reunião, pelo menos não com Mike, que se recusava a falar do assunto ou quando se sentia disposto a tanto, acabava escrachando a possibilidade de tal forma que o próximo jornalista ficava com muito medo de retornar ao assunto. Até que…

Você pode rir dessa confissão, mas tenha certeza, naquele dia eu ri mais do que você agora. Só não ri mais, do que no dia em que soube que eles viriam ao Brasil, ou no dia em que minha prima Cláudia mandou um e-mail dizendo que estava com meu ingresso em mãos. Mas isso fica para o próximo post. Afinal, meu reencontro com o Faith No More ocorreu há 4 dias e ainda estou sob efeito do espetáculo. Até lá.
Um comentário:
Bacana! Como foi o show?
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