!!É sempre engraçado, até alguém se machucar e quando isso ocorre é hilário!! Por Rod Castro!

13 de nov. de 2009

Entre a emoção de saber que a minha banda favorita de hardcore havia voltado a atividade e o dia em que a vi se apresentando em um palco, um pouco distante e ao lado de milhares de pessoas, passaram-se mais de 4 meses. Mas a situação era tão extraordinária que a sensação é de que alguns minutos se foram nesse mesmo espaço tempo.

O sentimento se afirma e ganha força a cada memória lembrada, em detalhes, do melhor show que já vi – embaixo de muito sol, depois de muita chuva e com muitos metaleiros radicais sorrindo ao ouvir Mike Patton cantar “Ela é paulista, ela é paulista” em total gozação com o clássico “Ela é carioca, ela é carioca, basta o jeitinho dela andar…”. Mas antes…

A porrada aclimatada por um sol Amazonense em plena terra da garoa.

Conferir um festival de rock em São Paulo sempre traz bons momentos, seja antes das apresentações – em programas especiais com amigos ou parentes – durante o evento e muitas vezes, ao apagar das luzes, quando você se depara com aquele super exército de formigas vestidas com roupas escuras se dispersando por pequenas ruas e depois grandes avenidas até sumirem.
Mas este Maquinária 2009 entra para a história dos eventos musicais na “capital” do Brasil por ter acontecido em um clima nada hospitaleiro para os fãs do som que os papais, mamães e vizinhos tanto reclamam. Quando cheguei, com um grupo de amigos, a Chacará do Jóquei, os termômetros espalhados pela maior avenida próxima, marcavam exatos 36 graus.

Aqui um parêntese: a organização do evento merece palmas. A segurança era de primeira, o local era muito bom, limpo, havia um grande número de barraquinhas para compra de água, refrigerante, cerveja e alguns quitutes – sendo que o melhor, como sempre, era você ter comido algo antes. A revista foi feita praticamente 4 vezes seguidas, com direito a sorrisos de moças e simpatia dos grandes homens engravatados – era neles que eu pensava a cada olhada para o sol, tadinhos.

Após uma passada no Burguer King nada como uma subida e o Sepultura.

Encontrar o Sepultura é com over aquele seu amigo de longa data e que de vez em quando dá uma ligada para sua casa ou decide te visitar, sempre rende bons momentos. E foi após uma longa subida, que acabava em um grande gramado, que todos os fãs de mais de 4 bandas eram recepcionados com um som potente, limpo, à distância, e algumas milhares de cabeças já espalhadas a frente do palco. Com uma brisa que aliviava, mas não dissipava a onda de calor, fomos recebidos com riffs poderosos de guitarra, bateria e baixo compassados e os já tradicionais berros de Darrick.

A banda não poupou hits, fez a sempre competente apresentação e fez todos pularem ao som de sua canção que mais lembra um hino: Roots – com direito a paradinhas calculadas, pessoas freneticamente gritando um “Uaaaaaarghhhhh” junto com o negão e uma poeira alaranjada subindo de uma roda não tão distante, mas ainda assim contida.

É o Sepulta, só por isso já merece um digno 8,5.

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