!!Melhores Filmes 2007!! por Rod Castro

22 de jan. de 2008

Ê ano bom foi este de 2007 para o cinema e para os meus olhos. Foram bons filmes, muitas surpresas, várias injustiças e até mesmo certas decepções que marcaram este ano que deve ficar para a história por vários motivos.

2007 será o ano em que finalmente Scorsese venceu o Oscar, Paul Greengrass não foi reconhecido na mesma categoria, a tríade dos 3 (Homem Aranha, Piratas do Caribe e Shrek) lucraram muito e se tornaram três decepções seguidas nos cinemas, os Autobolts e Decepticons invadiram as telas de cinema com um roteiro mais raso que um pires, um filme nacional totalitário e até mesmo fascista ganhou aplausos da população impactada e bons filmes não chegaram as telas do Amazonas – nessa última parte nenhuma novidade.

Vale citar alguns filmes que não estarão nessa lista dos melhores de 2007, mas que merecem sua atenção e até mesmo ficar entre os seus preferidos da estante, são eles: o alucinante e bem dirigido “Apocalypto” (de Mel Gibson); os filmões políticos com jeito de documentário “Bobby” (de Emílio Estevez) e “A Rainha” (do sempre bom Stephen Frears); o engraçado e interessante “O Vigarista do Ano” (com Richard Geere); a fantasia bem dirigida e com excelente elenco “A Bússola de Ouro”; a viagem visual de “Perfume”; o filme denúncia “Fast Food Nation” (do prolífico Richard Linklater); a estréia dos “Simpsons” nos cinemas e “Vênus” excelente filme sobre a velhice com um dos maiores atores de todos os tempos (Peter O’Tolle).

Agora vamos ao filé – como fala meu amigo Sidney Gusman? Simbora e em ordem decrescente!

10 – Babel: Contar várias histórias por pontos de vistas diferentes não é uma novidade no cinema. Unir esses pontos para que a “verdade” venha à tona, virou uma marca registrada de Iñarritú e seu redator Guillermo Arriaga – vide “Amores Brutos” e “21 gramas”. Mas nunca um filme mostrou a globalização de forma tão interessante como este bom filme – e Brad Pitt e a empregada mexicana arrebentam!

9 - O Hospedeiro: Difícil classificar este excelente filme coreano que não chegou às telas do Amazonas, mas que pode ser encontrado nas melhores locadoras da cidade. Engraçado, conflitante, tenso, incrível e original ao extremo. Para ter na estante junto a maravilhas como “Oldboy”, “Mr. Vingança” e “Zona de Risco”.

8 - Notas Sobre um Escândalo: Um dos filmes mais injustiçados do último Oscar. Inteligente, cheio de bons diálogos e registro vivo de duas das melhores interpretações de atrizes fabulosas: Cate Blanchet e Judi Dench, sem contar o garotinho que tem seus momentos.

7 – 300: Este é mais um filme que entra para a lista de revistas em quadrinhos que viraram filme de forma respeitável, como foram “X-Men”, “Sin City” e “Batman Begins”. Combates impressionantes, direção de arte fabulosa e atuações marcantes por parte de Gerard Butler e Rodrigo Santoro, marcam este clássico da nona arte transposto pelas competentes mãos de Zack Snyder para a sétima arte.

6 - O Cheiro do Ralo: Original. Embasbacante. Grosseiro. Competente. Eu poderá ficar horas a fio aqui tecendo comentários sobre este filmão brasileiro que é adaptação do livro do melhor quadrinista brasileiro, Lourenço Mutarelli. Isso sem contar a bunda, o olho, o Selton e o cheiro.

5 - Ultimato Bourne: É uma sensação boa, saber que uma série de filmes de ação revolucionou o mercado de películas do segmento policial/espionagem. Ainda mais com um fim que remete ao seu princípio e com cenas cada vez mais impressionantes de perseguições e lutas. Paul Greengrass deveria dirigir um filme da nova série do James Bond.

4 - Sunshine (Alerta Solar): Impressionante. Filosofal. Intrigante. Totalmente viagem. Este excelente filme de ficção cientifica dirigido pelo competente Danny Boyle (mesmo de “Trainspotting” e “Extermínio”) é uma verdadeira homenagem ao gênero de filmes com “tripulações salvadoras” da humanidade. Entre em êxtase com imagens impressionantes e cuidado para não se queimar.

3 – Zodíaco: Em 1997 “Se7en” se tornou um clássico dos filmes de terror/suspense ao mostrar um impressionante caso de um serial killer: seu modo operantis, sua filosofia, seus diálogos e o final surpresa marcaram seus espectadores. Pois o mesmo diretor de “Se7en”, David Fincher, fez a contra parte de seu primeiro filme: mostrando o que um assassino serial pode fazer as pessoas que entram em contato com a sua historia no dia-a-dia. Simples, honesto e verdadeiro.

2 – Ratatouille: As pessoas costumam ir aos cinemas e dizer que vão ver um desenho. Animação não é desenho e “Ratatouille” é a prova de que este segmento tem mais a oferecer do que entretenimento barato e infantil. Clássico instantâneo e com uma das melhores cenas dos últimos anos do cinema – a do crítico. Como a platéia fez ao fim de sua exibição em que estaca presente, agora também faço: Clap, clap e clap.

1 - Filhos da Esperança: O filme mais subestimado ou esquecido por premiações do ano passado está aqui em primeiro lugar por muitos e bons motivos: a direção de Alfonso Cuarón (mesmo de “E Sua Mãe Também”) é primorosa; seus três planos-sequência (o início do filme, a parte do carro e os últimos vinte minutos) são os mais inovadores da história do cinema; seu contexto e estilo documental farão escola; e a naturalidade de seus diálogos são proferidos com maestria por seus personagens principais e estão estrategicamente colocados em momentos chave da trama. Clássico.

Nenhum comentário: