!!“A primeira faz tcham. A segunda faz tchum e... e aí que tá muito repetitivo. Ou... Escorregando Para a Fama”!! por Rod Castro

9 de out. de 2007

Gosto de Will Ferrel, comediante que fez sua fama como um dos integrantes do programa de humor americano “Saturday Night Live”, e que de um tempo para cá vem ganhando destaque em filmes de comédia. Mas já faz certo tempo que percebo um padrão em seus filmes que resulta em trabalhos cansativos senão até mesmo chatos.

Pode soar até como uma perseguição à última linha do parágrafo anterior, mas sinceramente, não é o caso. Sou fã de humoristas. Gosto de um filme que me faça rir e que me alegre o dia, afinal sou fã declarado do rei do pastelão na telona, o incrível Jerry Lewis.

Mas o novo mestre das comédias escrachadas das telonas está se tornando repetitivo e pior: pouco criativo. E para você ver como não estou com implicância, listo dois fatos que comprovam minha afirmação:

Fato 01: os enredos dos filmes de Ferrell são sempre os mesmos. Duvida? Então tome nota: seus personagens são os melhores em seus ofícios, arrogantes, têm tudo o que desejam e bem no começo dos filmes sempre se encontram no ápice de suas carreiras. Também sempre estão cercados por personagens menores e que são tão bobos quanto eles.

Ah, aqui ainda cabe um detalhe da mesmice: quando chegamos aos 30 ou 35 minutos de projeção, um novo personagem entra em cena e acaba com a vida do personagem principal (Ferrell) que rapidamente tem sua vida reconstruída, após chegar ao fundo do poço, sem o menor pudor pelo comediante.
Fato 02: Will sempre convida alguém que renda mais do que ele em cena para fazer os seus rivais. Exemplos: em "O Âncora – A Lenda de Ron Burgundy" - filme em que ele encarna uma espécie de Cid Moreira de uma emissora de San Diego - seu personagem é desafiado pela repórter encarnada por Christina Applegate (quando ela está em cena ele some).
Já em “Ricky Bobby – A Toda Velocidade”, ele interpreta um campeão de Nascar que vê um novo adversário ganhar o maior número de provas ao mesmo tempo em que rouba todo o seu prestígio com a mídia especializada. Neste papel de rival quem arrebenta é o comediante inglês Sacha Baron Cohen, mais conhecido do público por seu personagem “Borat”.

E para transformar meus fatos em fórmula, eis que o novo filme do comediante chega as nossas telas, com certo atraso, diga-se de passagem: “Escorregando Para A Fama”, a coisa muda? Nananinãnão. Em time que está ganhando não se meche certo? Assim o que esperar?


O de sempre: um campeão (nossa que novidade!) de patinação artística no gelo entra em conflito com o seu adversário principal (meu Deus, nunca vi isso antes no filme do Will) e é punido comendo o pão que o diabo amassou (sem brincadeira que é original assim?).

Daí ele dá a volta por cima, se une ao seu rival – que rouba todas as cenas de Ferrell (tá curtindo com a minha cara?) – Jimmy MacElroy interpretado por John Heder de “Napoleão Dinamite”... e? E fim seu banana. Bons risos de sempre.

Nota 5,0 (E só para constar: tenho o DVD de “O Âncora” em casa).

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