
“Ninja Assassino” – poucas vezes em minha vida vi um filme tão sanguinolento quanto esse. Exagero/estilos a parte a história é mais do mesmo: rapaz treinado para ser ninja, passa por um trauma que o faz questionar o seu mestre, daí por diante ele segue, mundo afora, atrás dos seus ex-colegas que matam conforme a encomenda.
Filme fraco, com pouquíssimas boas cenas. As lutas estão bem coreografadas, mas duram tanto que às vezes chegam a ser sacais – tirando a do final que plasticamente consegue se diferenciar. A produção foi dos, cada vez mais em declínio, Irmãos Wachowski (“Matrix”) e teve direção, do sempre questionável, James Mc Teigue (de “V De Vingança”). Nada demais: 5,5!

“The Losers, Os Perdedores” – Em meio a tantas adaptações de quadrinhos para o cinema, está é uma que não chegou às telas de Manaus. Mas você deve dar uma olhada. Os motivos: vários!
O gibi, lançado pelo selo Vertigo (da DC), é criação da dupla inglesa Andy Diggle (argumento) e Jock (desenho). Tornou-se a sensação da temporada quando lançado nos EUA em 2004. Chegou ao Brasil entre 2006/07, senão me engano, e tem bons momentos, mas nada que possa intitular a obra como indispensável.
Levar “Os Perdedores” para as telas grandes não seria nenhum sacrifício, primeiro que a DC faz parte do conglomerado da Warner Brothers. Segundo: por se tratar de uma história em quadrinhos sem nenhuma participação de super heróis, traduzindo: o gasto com efeitos especiais é mínimo. E o terceiro maior motivo, cinematográfico, no caso: é um filme que fala de mercenários machões que são traídos em uma operação e tramam sua vingança – história já repetida dezenas de vezes no cinema e que sempre rendem boas bilheterias.
No elenco apenas quatro “conhecidos”: Jeffrey Dean Morgan que fez outro papel em adaptação de quadrinhos para a DC, o Comediante de Watchmen; Zoe Saldaña que anda sumida de Hollywood desde a frustrada tentativa de torná-la Bondie Girl em “Missão impossível 2”; Jason Patric, que durante muito tempo foi vendido como um grande talento, mas não passa de mais um ator qualquer; e o mais reconhecível Chris Evans que já foi o Tocha Humana em “O Quarteto Fantástico” e será o “Capitão América”.
A direção estilosa de Sylvain White unida a uma boa edição, dezenas de cenas de luta e algumas pitadas de humor por todo o filme, acabam por tornar o espetáculo prazeroso e até mesmo recomendável, mas poderia ser melhor. Não pelo filme em si, mas pela história que não tem tanta força no gibi, mas rende uma linha de raciocínio que poderia oferecer mais.
Com o resultado pífio nas bilheterias é certa a não continuidade da série. Nota 7,0.

“Fúria de Titãs” – O francês Louis Leterrier tem bons trabalhos no currículo: o impensável “Carga Explosiva”, o subestimado “Cão de Briga”, o impensável dois “Carga Explosiva 2”, o novamente subestimado “Incrível Hulk” e esta nova versão de “Fúria de Titãs”.
Após ouvir tantos comentários saudosistas conferi o filme com total falta de vontade, aquela obrigação de ver “mesmo sabendo que não presta” e não é que me surpreendi? O filme tem sim a ver com o clássico da Sessão da Tarde e que também foi repetido milhares de vezes nas sessões especiais do SBT.
Lógico que houve alterações, principalmente no desenvolvimento da trama. Como sempre penso que uma nova versão pede novos pensamentos sobre o que já havia sido feito, o resultado foi melhor do que esperei: filme repleto de ação, com boas cenas referenciais, um bom herói – mil vezes o Sam Whorthington que o ator original – e o elenco de apoio teve boas participações, como a de Ralph Fiennes e Liam Neeson.
O aparte é feito a dona Gemma Arterton dona de beleza singular e que tem tudo para emplacar mais filmes de grande público, com este, já é o segundo (“Principe da Pérsia” foi o outro) – ela acaba de filmar um drama com o mestre Stephen Frears (“Tamara Drewe”) e estará presente no mais novo filme da franquia “Homens de Preto”.
A moça além de bonita sabe interpretar bem e faz sua parte em cenas de ação. É esperar pra ver: nota 7,5!
“RED”

Este é o filme surpresa de final de ano nas bilheterias. O elenco estrelado, mas com feras Oscarizáveis – que nunca garante real boa renda – liderados por Bruce Willis, fez bonito na arrecadação e deve garantir uma continuidade para o grupo de ex-agentes que socorrem um amigo em situação inesperada.
“RED – Aposentados e Perigosos” é outra adaptação de quadrinhos que a Warner pegou de sua filial DC Comics. Escrito pelo talentoso Warren Ellis e desenhado por Cully Hammer. A história gira em torno de uma perseguição ao agente Frank Moses, por ele ter feito algo terrível e que pode comprometer a agência. O novo chefe de comando designa um esquadrão para executá-lo e por razoes óbvias, Moses decide revidar.
Daí toma tiro pra todos os lados até o derradeiro final em que ele se encontra em situação difícil, fim. O filme toma emprestado o nome do agente, seu jeito físico, suas habilidades e o lance da Agência se livrar dele, sendo que o motivo é diferente.
Daí pra frente, tudo é novo: o agente vai atrás de um interesse amoroso, acaba pedindo ajuda de alguns ex-agentes e até inimigos e desvenda toda a trama por detrás da perseguição. Outra diferença, que veio pra somar a história original é que há muito humor durante todo o filme e humor quando não é piegas sempre faz bem a qualquer história.
O elenco é recheado de atores “sérios” que estão visivelmente se divertindo as pencas: Morgan Freeman –quase numa ponta – John Malkovich – engraçadíssimo – Hellen Mirren – mortiferamente perfeita – e Brian Cox – no papel de um ex-comandante de espionagem russo no seu módulo mais engraçado em toda a carreira.
Bruce Willis repete o papel de durão, mas que tem um lado humano que salta aos olhos quando se depara com situações incríveis. O final é meio frustrante, mas o filme pela experiência em si, vale ser conferido. Divertido e ao mesmo tempo violento. Nota 8,0.
Nenhum comentário:
Postar um comentário