!!Filmes de Terror: “Garota Infernal” e “REC”!! por Rod Castro!

23 de fev. de 2010

Aqui uma breve lista de filmes de terror que vi recentemente. Dois atrasados e um que deve estar na lista dos melhores filmes vistos neste ano de 2010 – e olha que ainda estamos em fevereiro.

“Garota Infernal” – cada dia que passa, cada vez mais, chego a conclusão de que Megan Fox pode passar para a eternidade – qualquer dia desses – como uma bela atriz que poderia ter sido uma atriz com um belo trabalho. Ao mesmo tempo me questiono como Diablo Cody – a tal redatora que um dia foi estripe – pode ter se tornado a coisa mais quente entre bons escritores de Hollywood desde que Charles Kaufman surgiu com seus brilhantes argumentos (“Quero Ser John Malkovich”, “Adaptação”, “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” e “Synedóque”).

Não que Jennifer´s Body – o título em inglês é bem mais interessante do que seu co-irmão em português – seja mal filme, mas Diablo poderia ter ousado mais em muitas partes, certo que tanto eu quanto você tivemos uma bela reação ao beijo lesbo entre as duas personagens principais, mas ponto.

A trama de uma menina que se vende como gostosa e na verdade é superficial ganha uma nova roupagem e até mesmo invertida – a menina gostosa é legal, mas acaba se tornando a menina gostosa e fatal, principalmente para os meninos. Se há elogios ao filme, eles param na boa atuação da rival de Megan, a ex-modelo Amanda Seyfried e dos rapazes que aparecem aqui e ali a cada olhar fatal de Megan, pronta para devorá-los. Outro ponto positivo é a maquiagem e o trabalho de trilha. Filme para se ver em casa, quando não se tem muito o que fazer. Nota 5,5.

“REC” – O cinema espanhol me é bem quisto até demais da conta. Mas “REC” é um filme para se por a parte do que é produzido todos os anos pelos filhotes de Bigas Luna e Pedro Almodóvar e até os próprios pais já citados.

“REC” é uma resposta criativa e bem realística a um mote tão bem explorado hoje em dia por Hollywood: zumbis. Mas a forma como a direção e a produção se prende a detalhes na história é que o difere dos seus co-irmãos recentes, como “Extermínio” e “Madrugada dos Mortos”.

As maiores sacadas do filme estão assim distribuídas: acompanharemos as filmagens de um programa que mostra o dia a dia na vida de pessoas que trabalham de madrugada; as surpresas e viradas da trama ocorrem em tempo real (às vezes há pulos de gravação, mas o momento de interrupção é mínimo); o elenco é afiado e milimetricamente ensaiado; o teor teatral não distancia o público, o traz para uma imersão que deve ser poderosa no cinema – já o é num telão em casa; e a simplicidade de como a trama evolui para uma carnificina incontrolável é de tirar o sono por alguns instantes.

Filme daqueles que você deve falar pouco para não estragar várias surpresas. E atenção: comprei minha cópia de “REC” em DVD original a 12 pilas nas Americanas do centro (Manaus). Nota 8,5.

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