
De seus recentes filmes, na verdade ele não produz com uma frequência admirável, o único que não tenho em minha coleção e que sempre evito comentar é o fraco “Quarto do Pânico” – e que mesmo assim possui boa direção, apesar do roteiro fraco.
Mas após ter rodado um neoclássico (“Zodíaco”) que se voltava contra uma de suas maiores criações (sua obra-prima “Se7en”), Finch levou seu estilo escuro, com cenas bem planejadas e excelente direção de atores para o segmento do magnífico ao rodar o seu mais novo Trabalho, escrito assim mesmo, com “T” maiúsculo, “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Nesse terceiro filme com o parceiro Brad Pitt, o diretor opta por levar o espectador de forma diferente das suas demais obras: nada de solavancos, grandes imagens que falam mais que palavras ou história solta para ser discutida após a sessão. Sim, ese é praticamente o primeiro filme seguidor ao estilo Americano de se fazer cinema: com começo (mesmo que seja pelo fim), meio e fim (mesmo que seja o começo).
E isso, apesar de muitos pensarem ser um fator negativo, torna-se uma experiência nova para David que tem que contar seu enredo de maneira mais compreensível para os demais fãs de cinema – quase não há grandes alegorias gráficas como nos filmes anteriores.
“O Curioso Caso de Benjamin Button” é um belo filme. Tem um dos melhores personagens do cinema moderno - muito bem interpretado por um Brad Pitt sob quilos de maquiagem ou efeitos gráficos - e possui um romantismo nunca esperado por um fã do diretor.
Com esse drama a imagem de Fincher é repensada pela crítica, que o cobra sempre um trabalho de gênio, assim como pelos novos admiradores que o deixavam de lado pelos seus trabalhos mais pensantes e de difícil assimilação – como “Se7en” e sua outra obra-prima “Clube da Luta”.
Filme para ficar ao lado de “Vênus” e “ A Família Savage”. Feito para pensar no que estamos fazendo aqui e para nos lembrar de que um dia a estrada vai chegar ao fim ou seria começo? Nota 9,0.
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