!!Mais vale um balão mágico na terra, que uma Xerox mal batida da rainha, ou: os Ks do rock!! Por Rod Castro

22 de jan. de 2009

Se me entregassem um questionário que o título fosse:

“Marque 10 bandas surgidas nesses anos 2000 que devem ser o futuro do rock:”

Com certeza três “Ks” estariam assinalados. Numa ordem de preferência e até mesmo de competência: o Kings Of Leon estaria em primeiro, o The Killers viria em segundo e por muito pouco o Keane ficaria em terceiro.

Mas com os recentes lançamentos de seus devidos discos, todos nesse ano que se foi, os “Ks”, tirando o primeiro, caíram de capacidade e até mesmo de originalidade. Falo isso com um certo pesar, pra não dizer espanto.

Em seu novo disco, os “futuros Radiohead”, o Keane, tornaram-se mais alegres e até mesmo bobos. Será que bateu aquele questionamento, como: rapaz a gente sempre faz mais música triste que alegre, nossas letras são mais reflexivas que felizes, será que ninguém se mata qualquer dia desses ouvindo um dos nossos discos?

Se o mantra usado para esse novo trabalho foi mesmo soar mais solto e contente com a vida, o resultado não foi dos melhores. “Perfect Symmetry” parece uma mistura de U2 com Balão Mágico. Fraco na estrutura, fraco nas composições e tão, mais tão, cru em seus arranjos que parece que a banda tava fazendo o disco por fazer.

É claro que ainda tem seus bons momentos, como “Black Burning Heart”, “Again and Again”, “You Don’t See Me”, “You Haven’t Told Me Anything” e “The Lovers Are Losing”. E somente dois momentos como só o Keane pode soar: “Better Than This” e “Spiralling”. Mas é só. Nota 6,5

Já o caso do Killers é bem pior. Muito pior. Se um dia do ano de 2004, quando a banda me foi apresentada pelo meu chapa Roberto Sadovski – editor da revista SET – parecia que a salvação do novo rock estava passando pelos meus ouvidos, ao apertar o play em “Hot Fuss”, com esse novo trabalho a banda de Las Vegas soa parecido com tudo, menos com eles mesmos.

Já na primeira faixa, “Losing Touch”, Brandon Flowers (vocal e letrista) parece fazer uma previsão quanto ao álbum ao dizer que ele tem o toque do perdedor – mas não tinha, pelo contrário. A banda destoa de tudo o que já fez e emula Queen com Alphaville (“Human” e “Neon Tiger”), desce pro Caribe (“Joyride”), passa por Harry Belafonte (“This Is Your Life” e “I Can’t Stay”).

A banda tenta se equilibrar com um roquinho que parece com outros fracos que eles fizeram em discos anteriores (“Spaceman” e “The World We Live In”) e comete apenas duas músicas para um futuro Best Of: “A Dustland Fairytale” e “Goodnight, Travel Well” – isso sim é Killers, p*##@!! Nota 4,5.

E antes de ir, uma constatação: se o Killers tivesse colocado duas canções, que acabaram se tornando lado B, “A Cripping Blow” e “Forget About What I Said”, no lugar desses lixo que descrevi anteriormente, a nota seria 7,0.

3 comentários:

Srta. Tuppence Beresford disse...

odiei o disco do Killers! Nunca imaginei que eles poderiam cometer isso! E olha que hj em dia eu acho Sam's Town muito melhor que Hot Fuss!

já o do keane até achei agradável, mas eu nunca fui fã da banda, so...


bjim

Rod Castro disse...

O Keane fazer um disco nota 6,5 é absurdo Mari, os caras tiveram um dos melhores discos de estréia da história do rock pós 2000. Em seguida fizeram outro grande disco, que é o Iron Sea e ai cometem esse mais ou menos? Num dá!

Já o Killers não merece nem respeito, quanto mais a lista da Rolling Stone brsileira que pôs o disco entre os 5 melhores do ano, no mínimo uma falta de respeito!

Rod Castro!

Alexandre Nogueira Santana disse...

Gnomin, fofo, dá uma olhada - mas olhada de ginecologista, com calma, atenção, carinho e interesse - nesse link aqui: www.sellaband.com
É umas das idéias mais ducarai que eu vi ultimamente como resposta à crise-fonográfica blablablá internet-falindo-a-indústria blabláblá... As próprias bandas deram um jeito de se vender e juntar grana pra gravar disco. Acho que vale uma resenha. Beijo na busanfa anêmica.