!!A morte magnética daquele Metallica popular... ou “Death Magnetic”!! por Rod Castro!

16 de set. de 2008

“Black Album” também conhecido como “Metallica”, era o prenúncio de que as coisas haviam mudado na minha banda preferida de metal. Alguma coisa estava errada, porque as rádios tocavam “Enter Sandman”, “Unforgiven”, “Sad But True”, “Wherever I May Roam” e “Nothing Else Matters” como se fossem vinhetas de programação.

Mas o que estava estranho? Simples: a “mudança planejada” pelo produtor Bob Rock resultou em dinheiro, muito dinheiro. E quem nunca ganhou tanto, pelo contrário, sempre viveu de um bom cenário segmentado, pira a cabeça com tantos dólares.

E esse “rumo ao que intere$$a” fez com que a banda mais porrada do Heavy Metal, da década de 80, acabasse por cometer erros significativos ao gravar “Load” e “Reloaded”, nos anos 90. Deu mais dinheiro? Sim. Mas afastou o que os mantiveram até ali: fãs, cabeludos ou não, mas sempre fieis!

Resultado: baixas vendas, críticas malditas e uma entressafra espiritual que resultou na saída de seu membro mais carismático – o baixista/fã Jason Newstend – e em outro equivoco mercadológico, o só entendido após você assistir ao documentário, o CD mais “atual” do Metallica, “Saint Anger”.

Mas esta semana as coisas mudaram, como se eu tivesse levantado da minha cama, ainda com 15 ou 16 anos e pegasse qualquer CD do Metallica e o tivesse posto para atormentar quem ou o quê me deixava chateado. Pois ouvi “Death Magnetic” o novo petardo da nova formação da banda.
E o meu parecer é de que o quarteto mais rápido e pesado do metal, após Black Sabbath e Led Zepellin, está de volta.

“Death Magnetic” é uma pedrada desferida com toda a violência e ódio necessário naquele grande vitral com imagens da banda desses últimos 16 anos. E é mais atual do que vários CDs pesados lançados nos últimos 10 anos por qualquer banda desse nicho.

Não vou fazer um faixa a faixa, seria bobagem. Vou apenas falar três coisas:

1- desde Cliff Burton – o baixista falecido da primeira formação do Metallica – o baixo da banda foi tão audível em suas canções (como se pode notar na faixa instrumental “Suicide & Rendemption”) como com o agora novo elemento Robert Trujillo;

2- Lars Ulrich finalmente reconquistou meus elogios após quase 20 anos, já que seu trabalho mais lento no “Black Album” é apenas interessante e nos discos seguintes chega a ser um remendo do que ele sempre foi capaz de fazer;

3- e por último, afirmo que esse CD do Metallica não tocará nas rádios, tem grande chance de te deixar surdo e quero ver se eles vão tocar as músicas – aceleradas ao extremo – desse “Death Magnetic” como estão no álbum, ao vivo. Se o fizerem ou um ou outro: terão um ataque cardíaco coletivo no palco ou deixarão milhares de pessoas surdas após os shows.

Em uma palavra? “Death Magnetic” está para o Metallica, como “Revolver” e “Physical Graphytti” estão para a discografia dos Beatles e do Led Zeppelin. É a recriação de uma banda e do seu estilo de tocar.

Discão, daqueles para levar para a ilha deserta e espantar qualquer um que tente te resgatar! Nota 10!

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