Para o cinema se tornar arte foi com o passar dos tempos, com o desenvolvimento das técnicas de trabalho e estudo mais especializados de como evoluir aquela forma de expressão. Mas que fique claro em sua mente: não nasceu como arte, se tornou. E aqui fica o paradigma: ainda é arte? Ainda é diversão? É meio a meio?
Na maioria das vezes em que me encontro com alguém que tenta tirar um sarro da máxima dita pelos entendidos, a de que “cinema é arte”, os provoco a reflexão ao citar o filme feito pelos irmãos Wachowski em 1999 com intuito de divertir, mas que acabou fazendo muitos refletirem: “Matrix”.
Em menos de duas horas você se divertia, filosofava, vibrava, enchia os olhos, aplaudia e ainda tinha pra ficar boquiaberto. E isso é o quê? Arte, na sua mais primaria fundamentação. Mas, de uns 15 anos para cá, a fábrica cinematográfica dos EUA, e outras praças também, começaram a confundir diversão com qualquer coisa que cause escapismo repentino para quem ali assiste.
“Doom’s Day – O Juízo Final”, “Wanted” e “Hancock”.

“Doom’s Day” tinha tudo para ser um filmaço! Tinha Neal Marshall na direção – o mesmo de “Abismo do Medo” – tinha uma excelente atriz de ação como protagonista – Rhona Mitra, mesma que fará “Anjos da Noite 3” – mas o roteiro é uma mistura de referencias tão grande que não vale nem comentar muito: em um futuro próximo, um vírus transformará as pessoas em zumbis, mas uma sociedade formada por pessoas que não foram contaminadas dão mostra de possível cura para a doença.
E aí? Aí toma Mad Max II + Resident Evil + Canibalismo + Cruzadas e o resultado é péssimo = filme ruim! Nota 3,5 (Rhona é a única coisa que presta do filme).

Além de garantir excelentes cenas, como a que o Professor (Freeman) mostra para Wesley (James McAvoy) a capa de um Superman derrotado, o gibi era lotado de irados diálogos traçados pelo protagonista e demais personagens do mal. Esse filme é um rabisco da obra feita por Millar e seu parceiro J.G. Jones e não merece nada mais que isso.
Uma pena, porque é o primeiro trabalho do grande diretor russo Timur Bekmambetov, o mesmo da trilogia “Guardiões da Noite”. Nota 4,5 (nem a Jolie posuda salva!).

E a sensação que se tem após ver o filme é exatamente essa: a “obra” parou no tempo. Não é moderno, tem falhas grotescas como a mulher poderosa e o cara poderoso estarem a milímetros de distancia um do outro e nem se perceberem. Sem contar que a estrutura que compõem o personagem principal – um Will Smith em piloto automático, uma pena – é pífia e faz você refletir como na hora em que se encontra a frente do espelho, com sono, pela manhã.
Nota 5,0 e chamem um super-herói de verdade da próxima vez!
2 comentários:
Filmes assim me fazem lembrar do disperdício que é o filme "A Liga Extraordinária" que, de "baseada nos quadrinhos de Alan Moore", não tem absolutamente nada.
Respondendo teu comentário lá no meu blog =)
"Rod, quando vc me falou do teu post sobre o OK Computer, quase morri! Depois de fazer do Six, eu ia fazer um sobre o Ok Computer! Mas depois do que vc escreveu, vi que eu não tinha mais nada a adicionar!
E, verdade seja dita, minha história é com The Bends mesmo... e graças a vc resolvi abordar o assunto desta forma - esse post é pra vc!"
=)
abração da amiga de Petrópolis!
Marianna
Nem me fale de "A Liga" apesar de ter um dos personagens mais bacanas que eu já li, Dorian Gray, e ter sido inspirado no material feito por Moore, que é no mínimo sensacional, o filme é uma piada de mal gosto.
No mínimo vergonhoso! E The Bends é um discão, mas ainda sinto algo lá na minha espinha quando ouço aquele violino dando a partida de "Airbag" ou aquele simples violão sendo tocado de forma discplicente em "Paranoid Android".
Só não supera o meu CD favorito de todos os tempos: Physical Graphitty do Led!
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