Chega de embromação e vamos ao que interessa:
“Hitman” -
Na vou perder mais do que essa linha para falar sobre esse filme. Evite.
Nota 2,5.
“Na Natureza Selvagem” –
Você ouvir muito ou ler bastante sobre um filme é bom, mas ao mesmo tempo cria um falso saber da história que pode transformar o grande filme em um filme que poderia ser mais. Esse foi o caso desse corajoso “Na Natureza Selvagem”.
Entenda: o filme não é ruim, longe disso, mas o que ele promete e o que foi dito dele não se cumpre. E promessa não cumprida nem criança de 3 anos gosta, imagine um rato de cinema como eu.
Sim, o trabalho do diretor Sean Penn é excelente – apesar do filme ser um pouco longo para tão pouca história. Também confirmo que Emile Hirsch – o futuro Speed Racer – finalmente fez um bom trabalho (sempre o achei menos do que o elogiavam) – a direção de fotografia, assim como a trilha sonora (feita por Eddie Vedder do Pearl Jam) são muito boas, e a participação do veterano Hal Holbrook (que não achei merecedor da indicação ao Oscar) realmente têm seus momentos. Mas é só.
E você pode até perguntar: o cara fala tudo isso e na seqüência diz “só”? E a resposta é sim e sabe por quê? Simples, o filme mostra uma experiência de vida que por ser tão única deveria ficar na memória, mas sinceramente, acabei de assisti-lo, fui trabalhar e senão fosse pela simples razão de escrever esse artigo nem lembraria dele.
Fica para a próxima Sean. Nota 6,5.
“Encantada” –
Sabe quando você escorrega pela escada, bate a traseira umas dez vezes, e ao final das contas acaba rindo da situação? É praticamente esse o espírito que cerca essa produção da Disney, o divertido e descompromissado “Encantada”.
No filme acompanhamos a história de uma princesa que vive um verdadeiro conto de fadas e que no dia do seu casamento acaba sendo enganada pela rainha má e cai num fosso que abre portas para a nossa realidade. Todos os clichês dos desenhos clássicos da Disney são explorados ao extremo e sempre com um estilo engraçado – e nada é mais engraçado do que você se permitir ser sacaneado.
Bom roteiro. Excelente interpretação por parte de todo o elenco e canções divertidíssimas. Recomendo. Nota 8,0.
“O Suspeito” –
Referenciais são importantes quando você vai acompanhar uma obra cinematográfica. Um dos porquês dessa minha afirmação reside sobre aquilo que acontece com freqüência quando você assiste a algo novo, como um bom filme.
Exemplificando: há no mínimo dois filmes, um excelente e outro regular que servem de parâmetro para esse novo trabalho do diretor Gavin Hood – que há semanas desci a lenha por aqui mesmo, ao falar de “Infância Roubada”: “Traffic” e “O Reino”.
Do último este bom filme se distanciou bem. Do primeiro perdeu pela falta de atuações melhores e mais próximas do que seu elenco pode desprender em tela grande – só de lambuja ele tem quatro atores que foram indicados ao Oscar: Reese Witherspoon, Jake Gyllenhaal, Alan Arkin e Meryl Streep. E todos estão no automático.
A história é interessante e mais que atual: um imigrante egípcio, que mora nos EUA, volta de uma convenção na África do Sul e é confundido com um possível terrorista. Ao mesmo tempo em que sua esposa tenta ter noticias dele, acompanhamos a história da filha do homem que comanda as torturas americanas em território “Iraquiano” – que se junto a um rapaz, fugiu de casa e pode ter sido vítima de um plano surpreendente.
Bom filme, direções de fotografia e arte bem feitas, poucos atores – os mais desconhecidos, praticamente todos os “árabes” da história – bem e uma queimada de língua, no estilo tostada, de minha parte com o Gavin que deve sim rodar um bom filme de origem do personagem da franquia X-Men, “Wolverine”.
Nota 8,0. Com uma boa atuação de seu elenco subiria e muito.
“Medo da Verdade” –
De uns dois anos para cá Ben Affleck vem voltando ao normal. Alguns dizem que ele nunca teve talento, outros afirmam que a doença chamada “JLo” o fez perder a cabeça ao ponto de assinar contratos para lixos e mais lixos. Mas o que se deve falar é que ele voltou a fazer bons trabalhos e ruma para um lado que seus críticos nunca pensaram vê-lo.
A seqüência de bons trabalhos passa por várias etapas do processo criativo de se realizar filmes e vai muito além de apenas atuar. Foi assim na sátira a si mesmo em “O Balconista
Para aqueles que falavam que Ben seria lembrado nesses últimos dois anos apenas como o irmão mais velho do promissor Cassey Affleck, o ator mostra que seus detratores vão ter que esperar mais um pouco. “Medo da Verdade” é denso, bem dirigido e principalmente: retrata uma dura realidade que hoje se tornou uma coqueluche nacional com a morte, “novelizada” pelas emissoras de TV de todo o país, da pequena Isabela
Na história acompanhamos a busca de um “detetive particular” e sua parceira de trabalho por uma pequena garota, filha de uma dependente química, que sumiu em uma região que tudo indica ser mais do que perigosa.
O filme não é um dramalhão e ao mesmo tempo não tenta arrancar de seus interpretes atuações caricaturais. Longe disso, Affleck aposta no naturalismo e no desenvolvimento da história que por si só já é mais do que forte. Cassey está bem, não tanto como em “O Assassinato de Jesse James Pelo Covard Robert Ford”, mas tem bons momentos.
Talvez o grande lance do filme seja assistir a mais uma excelente atuação de um ator que é deixado de lado pelos grandes estúdios por ter se tornado um cara não premiado: o absoluto Ed Harris, no papel de um investigador que tem papel importante na trama.
Bom filme, com um questionamento importante: uma boa vida versus o correto a se fazer, que deixa um bom âmbito de debate entre pais e espectadores. Não é um noir como tanto falaram que era, mas merece ser visto e revisto.
Filme com grandes possibilidades de parara em minha estante. Nota 8,5.
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