!!Um bom e um péssimo nos cinemas: “Super 8” e “Lanterna Verde”!!

25 de ago. de 2011

Ir ao cinema é um prazer. Sou contra essa necessidade imensa de ficar falando sobre as pessoas que lá se encontram. Razões: há muito espaço no cinema, mantenha o interesse na história e no filme, se as pessoas não estão acompanhando como você o problema é delas. Mas lembre-se: as pessoas mal educadas ou não estarão lá e sem elas, ou seja, sem renda, você não estaria naquele cinema.

Pois bem, dito isso, vamos ao que interessa. O prazer deste hábito, o de ir ao cinema, é reforçado quando você pode assistir a um bom filme. Mas isso, nos tempos atuais, é muito relativo. Vejamos duas estreias “blockbusterianas” que acabam de chegar às telas amazonenses: “Super 8” de J.J. Abrams e “Lanterna Verde” de Martin Campbel.

Primeiro, afirmar que temos dois bons diretores no comando. Lembrar de suas obras, nos cinemas, é reafirmar tal frase: J.J. é conhecido por “Lost” e “Alias”, mas seus dois filmes, antes deste “Super 8”, são dignos de nota e merecem um lugar especial em sua coleção de DVDs/Blu-Rays: “Missão Impossível 3” e “Star Trek”; e o que falar então de Campbell? Que também começou a carreira de diretor na TV e fez filmes menores até acertar a mão no primeiro filme de Pierce Brosnam como 007, em “Contra Golden Eye”, em seguida fez o divertido “A Máscara do Zorro”, a aventura “Limite Vertical” e também fez a estreia do novo e atual James Bond, Daniel Craig, em “Cassino Royale”.

Com esse currículo, era impossível que ambos pisassem na bola, certo? Nem. 50% disso foram cumpridos.

E pelo incrível que pareça, foi o mais novo dos dois é o responsável pelo acerto.  “Super 8” é praticamente a regravação de “E.T. O Extraterrestre” de Steven Spielberg. Todos os principais elementos estão lá: grupo de crianças, a presença de um ET, o final em que os pequenos o ajudam, a presença de adultos maus e o final que além de emocionar traz aquele belo sorriso ao rosto de quem assiste ao filme.

Mas há um aspecto positivo e outro negativo quanto ao filme de Abrams: a excelente ideia de filmar um filme dentro do filme, utilizando-se das situações que já ocorrem no enredo da história principal, não é nova, mas funciona bem e ganha cumplicidade dos espectadores; já a figura do ET em si é totalmente deslocada. O bicho é visivelmente mal feito em computação gráfica e não dá validade a compaixão sentida pelos personagens na última parte do filme. Ai, o que renderia uma boa nota a aventura, faz com que “Super 8” realmente ganhe uma nota 8,0 +.

Já “Lanterna Verde” é o pior filme que assisti este ano. Campbell errou em praticamente tudo, menos os efeitos especiais. O elenco é ruim. Ryan Reynolds que tinha feito um bom trabalho em “Enterrado Vivo” pisa na bola em sua interpretação de Hall Jordan. Os que o suportam são incrivelmente piores, tirando Mark Strong no papel – recortado – de Sinestro.

A história baseia-se na história contada nos quadrinhos sim, é verdade. Mas esta base é muito fraca e parece ceder para o contexto de filmes que já vimos em tela grande, como “Top Gun” e “Superman, de Richard Donner”. As partes do filme na Terra são muito ruins, principalmente de ritmo e as partes em OA, o planeta em que a Tropa dos Lanternas Verdes são reunidos para combater o mal, são sublimadas por diálogos inacabáveis.

E esta parte, a do enredo, o da história, é imperdoável. Ainda mais pela fase que o personagem vive em suas revistas mensais. A história é tão fraca, que se você raciocinar o que é mostrado durante boa parte do filme, chega a ser ridículo ver um só Lanterna Verde, o mais imaturo deles, destroçar uma ameaça que os melhores Lanternas, liderados pelo mais valente deles, Sinestro, não conseguiram. Deplorável, sem-vergonha... faça tudo, menos assistir a este filme. Nota... que saber? Zero!

2 comentários:

Thiago Henrik disse...

Ainda não assisti o Lanterna Verde, e nem preciso, pra concordar plenamente contigo.

Quanto ao Super 8, já assisti, e assistiria de novo, e de novo, assim como os filmes que assistimos inúmeras vezes na sessão da tarde. Sensacional!

Rod Castro disse...

O mais banca do Super 8 é este aspecto mesmo Thiago: muito Sessão da Tarde, mas uma Sessão de responsa, nada meia boca. E até mesmo os efeitos e a construção da invasão não é nada muito de hoje em dia, mas sim oitentista mesmo. Pergunta: notou que o garotinho cineasta vive com aquela capa de chuva amarela, que nem a menina e os meninos do Goonies?