!!Ele conseguiu... ou: Viva La Vida or Death And All His Friends!!by Rod Castro!!

12 de ago. de 2008


Para onde Chris Martin vai. Ninguém sabe dizer. Mas ao contrário do que a sua letra em “God Put a Smile Upon Your Face” afirma, a sua graça e o seu estilo, a cada dia, tira um pouco do sorriso que ele pôs em minha face ao ouvir várias vezes os seus dois incríveis discos.

Isso porque há uma grande sombra que se projeta sobre qualquer disco lançado por sua banda. Aliás, uma não, duas: U2 e Radiohead. Para ser mais preciso quatro sombras: “Achtung Baby”, “Pop”, “The Bends” e “Ok, Computer”.

E isso mais prejudica do que ajuda. É fato: a cada entrada no estúdio feita por sua banda é notável que “a homenagem a quem me influencia” já se tornou uma incrível “perseguição ao status da nova banda do milênio” e que com o passar dos anos está se transformando na “eu já cresci e quero ser o RadiU2, ou o novo U2head”.

Sei que muitos vão falar que eu estou indo para um lado que não condiz, mas é impossível ouvir duas faixas de “Viva La Vida”, no caso “42” e “Lovers In Japan-Reing Of Love”, e se fingir de surdo cultural, apenas para dizer que eles são demais! Ambas estariam em qualquer disco do Radiohead e do U2.

Isso tira o talento deles? Não. Isso faz do Coldplay “a banda (da semana?) que vai salvar o rock neste novo milênio”? Também não. Mas caramba, como um cara que aprecia e muito a obra da banda, até o momento, me questiono onde foi parar a “fórmula Coldplay de se fazer canções”?

Que muitos sempre os compararam a U2 e Radiohead, isso não é novidade. E convenhamos que ser colocado lado a lado com duas lendas do rock de uma só vez, é para se ter um sorriso estampado na face. Mas daí a chupar seu estilo e colocar o nome da sua banda no lugar da referencia, na capa do CD, é outro caso. Disco fraco, o mais fraco d Coldplay.

E para não dizerem que é obsessão minha (meu nome não é Chris), advinha quem foi o produtor de “Viva La Vida”? Brian Eno, mais conhecido como o eterno produtor de Bono e companhia. Que voltem o tempo de “Yellow”, “Clocks” e “Speed Of Sound”. Nota 6,5!

Obs.: esse artigo não foi copiado de ninguém.

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