Uma revista nacional e que fala somente sobre cinema, ou assim o deveria ser, faz uma incrível crítica sobre uma película nacional. Falando não só bem da direção, como da história que é contada -por quase uma hora e meia de duração - e das atuações de seus protagonistas.
“Poxa, interessante!” Você pensa. Vai até a locadora, consegue o filme, assiste-o com o maior dos interesses e ao chegar à parte em que sobe os créditos sua reação é: "que m@#$&! Fui enganado!". E foi mesmo! Filme ruim, mal dirigido, com atuações pífias e frias, além de uma história que nem novela de hoje em dia consegue cometer – e sim, isso é um elogio a porcaria que passa nas telas de tevê de todo o país.
Mas o que esperar de um diretor que tem em seu currículo filmes como: “Sonho de Verão”, “Popstar”, “Xuxa e os Duendes” e a incrível continuação “Xuxa e os Duendes 2 – no caminho das Fadas”.
Podíamos mudar o nome do filme para esquecível!
Nota 2,0 pelo DVD ter me dado o crédito no aluguel de outros filmes! (levei 4 paguei dois!)
“O Segredo de Berlim”
Como fazer um excelente filme?
Contrate somente feras para o seu núcleo principal. Gente do quilate de George Clooney, Tobey Maguire e Cate Blanchett. Chame um bom diretor, daqueles que já foi contratado para rodar filmes cabeça, alguém como Steven Soderbergh (o mesmo de “Traffic” e “Onze Homens e um Segredo”). Por último, enquadre tudo nos moldes de um dos estilos que mais renderam bons filmes na história do cinema: o noir.
O que o ex-informante não sabe, é que sua antiga amante (Blanchett totalmente fria) tem um caso com o tal motorista. Esse fio de história o faz perder exatos 105 minutos de sua existência.
4,5 – pela fotografia em preto e branco interessante e a boa caracterização dos cenários.
“Uma Garota Irresistível”
Acho que não. O filme passeia pelo encontro de Warhol (feito com maestria por um Guy Pearce odiavelmente irreconhecível) com sua mais fiel atriz e modelo, a riquinha Edie Sedgwick (encarnada com leveza e a displicência necessárias por Siena Miller).
As desventuras entre criador e criatura acabam por ser um retrato feio de uma sociedade nem aí com nada da década de 70 e que fez da arte uma nova forma de expressar seus desalentos e fobias. Às vezes o filme se perde, possivelmente de propósito e por querer retratar como o pensamento da personagem principal vivia seus dias, noutras cenas mostra encontros inusitados de pessoas importantes dessa época.
Destaque para a trilha sonora interessantíssima, a fotografia que é retratada com fidelidade absurda ao estilo de câmeras utilizadas nos filmes “cabeça” de Wahrol e sua musa. E a boa interpretação de Bob Dylan realizada por um irreconhecível Hayden Christensen (o mesmo que encanou o novo Darth Vader de “Guerra nas Estrelas”).
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