!! Leve três e pague 1... ou: Inesquecível, O Segredo de Berlim e Uma Garota Irresistível!! Por Rod Castro

8 de nov. de 2007

“Inesquecível”

Uma revista nacional e que fala somente sobre cinema, ou assim o deveria ser, faz uma incrível crítica sobre uma película nacional. Falando não só bem da direção, como da história que é contada -por quase uma hora e meia de duração - e das atuações de seus protagonistas.

“Poxa, interessante!” Você pensa. Vai até a locadora, consegue o filme, assiste-o com o maior dos interesses e ao chegar à parte em que sobe os créditos sua reação é: "que m@#$&! Fui enganado!". E foi mesmo! Filme ruim, mal dirigido, com atuações pífias e frias, além de uma história que nem novela de hoje em dia consegue cometer – e sim, isso é um elogio a porcaria que passa nas telas de tevê de todo o país.

Mas o que esperar de um diretor que tem em seu currículo filmes como: “Sonho de Verão”, “Popstar”, “Xuxa e os Duendes” e a incrível continuação “Xuxa e os Duendes 2 – no caminho das Fadas”.

Podíamos mudar o nome do filme para esquecível!

Nota 2,0 pelo DVD ter me dado o crédito no aluguel de outros filmes! (levei 4 paguei dois!)

“O Segredo de Berlim”
Como fazer um excelente filme?

Contrate somente feras para o seu núcleo principal. Gente do quilate de George Clooney, Tobey Maguire e Cate Blanchett. Chame um bom diretor, daqueles que já foi contratado para rodar filmes cabeça, alguém como Steven Soderbergh (o mesmo de “Traffic” e “Onze Homens e um Segredo”). Por último, enquadre tudo nos moldes de um dos estilos que mais renderam bons filmes na história do cinema: o noir.
Vai dar tudo certo. Pois não deu. História: um antigo informante americano (Clooney em versão “pose”) que morava na Alemanha, antes da Segunda Guerra Mundial, é convocado para assumir a direção de um jornal local. O motorista (Maguire em versão “olhos exagerados”) encarregado de levá-lo a todos os lugares é um camarada bem safado e faz parte de todos os esquemas sujos que comandam a nova Berlim.

O que o ex-informante não sabe, é que sua antiga amante (Blanchett totalmente fria) tem um caso com o tal motorista. Esse fio de história o faz perder exatos 105 minutos de sua existência.

4,5 – pela fotografia em preto e branco interessante e a boa caracterização dos cenários.

“Uma Garota Irresistível”
Adoro aquelas capas de DVDs com dizeres entre aspas com algo bem vendável. Do tipo: “O filme mais polêmico do ano nos EUA!”. Será que isso realmente funciona para um filme que vai falar sobre o artista plástico Andy Warhol – criador do conceito Pop Arte e da frase “No futuro todos terão seus quinze minutos de fama”, entre outras?

Acho que não. O filme passeia pelo encontro de Warhol (feito com maestria por um Guy Pearce odiavelmente irreconhecível) com sua mais fiel atriz e modelo, a riquinha Edie Sedgwick (encarnada com leveza e a displicência necessárias por Siena Miller).

As desventuras entre criador e criatura acabam por ser um retrato feio de uma sociedade nem aí com nada da década de 70 e que fez da arte uma nova forma de expressar seus desalentos e fobias. Às vezes o filme se perde, possivelmente de propósito e por querer retratar como o pensamento da personagem principal vivia seus dias, noutras cenas mostra encontros inusitados de pessoas importantes dessa época.

Destaque para a trilha sonora interessantíssima, a fotografia que é retratada com fidelidade absurda ao estilo de câmeras utilizadas nos filmes “cabeça” de Wahrol e sua musa. E a boa interpretação de Bob Dylan realizada por um irreconhecível Hayden Christensen (o mesmo que encanou o novo Darth Vader de “Guerra nas Estrelas”).
Filme interessante, mas com final abrupto. Nota 6,5!

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