
Você que vai ao cinema todos os fins de semana, faminto por um bom filme, deve pensar ao final de mais uma degustação, quando os letreiros sobem, que deve haver uma receita para se fazer um bom filme, certo? Algo como:
“Junte aquele grande astro a um apetitoso roteiro original, mexa bem em um estúdio ‘quente’, chame um grande ‘chef’ – se possível daqueles que acrescentam ingredientes exóticos ao prato – e sirva em uma grande sala de exibição... digo: sirva em uma grande travessa, ainda esfumaçando, para chamar mais atenção.”.
Engraçado que há pessoas dentro dos grandes estúdios que pensam exatamente desta forma e acabam por tratarem seus filmes como produtos que serão consumidos por mentes famintas (por pipocas?).
Ao mesmo tempo, existem outros restaurantes... digo, estúdios que primam pelo sabor de suas receitas. E aqui se faça justiça: a Pixar é um deles e a cada filme exibido, seus cuidados são redobrados, fazendo de tudo para que o caldo não desande ou entorne.
São desta grande empresa, que foi comprada pela Disney depois de tantos problemas nos últimos anos, filmes como: “Toy Story” (1, 2 e brevemente 3), “Monstros S/A”, “Procurando Nemo”, “Os Incríveis”, “Carros” e o mais recente (e excelente) “Ratatouille”.
Sim: eles correram um enorme risco ao por um título em francês, já que o “mundo” fala inglês. Sim, eles acertaram a mão mais uma vez e extrapolaram no colorido, nas caras, nas sombras, nas texturas, no roteiro, nas idéias criativas, no contexto, nos personagens interessantes. Enfim: tudo.
De tal forma que este cliente não só come o prato com gosto como declara após a refeição que este é o seu melhor prato ao lado do saboroso e inusitado “Os Incríveis”.
Aqui cabe até uma comparação, algo que abomino, mas como estamos falando de pratos e gostos, acho que cabe: se você fosse a um restaurante de animações e colocassem na mesma mesa os dois pedidos mais requisitados do ano (“Ratatouille” e “Shrek Terceiro”), o filme do ratinho Remy pareceria com um prato requintado servido com pompas, enquanto o filme do ogro remeteria a uma fria sopa de ervilhas sem graça.
Antes que os fãs do Burro, Gato de Botas e das “grandes sacadas com a mitologia dos contos de fada” queiram comer meus fígado com cebolas, afirmo: o filme da Pixar é dez, enquanto que o da Dreamworks merece no máximo um 7 – isso graças ao excelente trabalho realizado pelos profissionais de computação gráfica do estúdio.
Como comida boa tem que ser experimentada ainda quente, não fique aí parado: corra para o cinema mais próximo, ponha um guardanapo em seu colo ou prenda seu babador e se lambuze sem preocupações. “Ratatouille” é a sugestão em animação do dia, do mês, quiçá do ano.
“Junte aquele grande astro a um apetitoso roteiro original, mexa bem em um estúdio ‘quente’, chame um grande ‘chef’ – se possível daqueles que acrescentam ingredientes exóticos ao prato – e sirva em uma grande sala de exibição... digo: sirva em uma grande travessa, ainda esfumaçando, para chamar mais atenção.”.
Engraçado que há pessoas dentro dos grandes estúdios que pensam exatamente desta forma e acabam por tratarem seus filmes como produtos que serão consumidos por mentes famintas (por pipocas?).
Ao mesmo tempo, existem outros restaurantes... digo, estúdios que primam pelo sabor de suas receitas. E aqui se faça justiça: a Pixar é um deles e a cada filme exibido, seus cuidados são redobrados, fazendo de tudo para que o caldo não desande ou entorne.
São desta grande empresa, que foi comprada pela Disney depois de tantos problemas nos últimos anos, filmes como: “Toy Story” (1, 2 e brevemente 3), “Monstros S/A”, “Procurando Nemo”, “Os Incríveis”, “Carros” e o mais recente (e excelente) “Ratatouille”.
Sim: eles correram um enorme risco ao por um título em francês, já que o “mundo” fala inglês. Sim, eles acertaram a mão mais uma vez e extrapolaram no colorido, nas caras, nas sombras, nas texturas, no roteiro, nas idéias criativas, no contexto, nos personagens interessantes. Enfim: tudo.
De tal forma que este cliente não só come o prato com gosto como declara após a refeição que este é o seu melhor prato ao lado do saboroso e inusitado “Os Incríveis”.
Aqui cabe até uma comparação, algo que abomino, mas como estamos falando de pratos e gostos, acho que cabe: se você fosse a um restaurante de animações e colocassem na mesma mesa os dois pedidos mais requisitados do ano (“Ratatouille” e “Shrek Terceiro”), o filme do ratinho Remy pareceria com um prato requintado servido com pompas, enquanto o filme do ogro remeteria a uma fria sopa de ervilhas sem graça.
Antes que os fãs do Burro, Gato de Botas e das “grandes sacadas com a mitologia dos contos de fada” queiram comer meus fígado com cebolas, afirmo: o filme da Pixar é dez, enquanto que o da Dreamworks merece no máximo um 7 – isso graças ao excelente trabalho realizado pelos profissionais de computação gráfica do estúdio.
Como comida boa tem que ser experimentada ainda quente, não fique aí parado: corra para o cinema mais próximo, ponha um guardanapo em seu colo ou prenda seu babador e se lambuze sem preocupações. “Ratatouille” é a sugestão em animação do dia, do mês, quiçá do ano.
Ah: chegue mais cedo para a sessão, há uma entrada primorosa: “Quase Abduzido”. Nota 9,5!