!! Drive: do caricatural para o violento em 100 minutos!!

1 de mar. de 2012


Não assista “Drive” antes de conferir o trabalho anterior do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, o transgressor “Bronson”. Se você se acostumar com o que ocorre em todo o primeiro filme, o que surgirá na tela, no filme seguinte, soara “natural”.

Nada de grande espanto. Nada de traumático, como em “Irreversível”. Não é sobre isso que estou falando leitor. Mas “Drive” segue uma linha perigosa, que pode sim fazer o espectador se questionar o quanto um herói, bonito, charmoso e acima de tudo, misterioso, pode se tornar todo o reverso que você não imagina ou quer.

Mas vamos por parte. A história: um dublê de filmes de ação, que também é mecânico e dirige “carros de escapadas” para assaltantes após cometerem seus crimes, acaba se envolvendo – nada de beijos ou sexo – com a sua vizinha – uma garçonete, mãe solteira e que tem o marido na cadeia.

É isso. Revelar mais faria você me chamar de estraga prazeres.

O que vale muito destacar: Ryan Gosling pode parecer um canastrão, mas talvez seja esta a intenção; os demais atores são apenas dispositivos para que o personagem principal se torne o que realmente é, prepare-se; a direção de fotografia é soberba e tem assinatura do veterano Newton Thomas Sigel (o mesmo de “Os Irmãos Grimm”, “X-Men 2” e “Os Suspeitos”); e o trabalho de Refn é digno de prêmio, como Cannes constatou, e merece ser descoberto.

Pena que “Drive” ainda não tenha sido exibido nos cinemas de Manaus, mas vale a descida via Internet. Nota 9,0. 

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