Robin Hood (de Ridley Scott)

Nestes anos 2000, Ridley não fez o sucesso esperado. E isso é muito ruim, pois estamos falando de um cara que fez filmes sensacionais, ou no mínimo bons, como “Alien”, “Blade Runner”, “Chuva Negra”.
Tudo bem, ele trouxe o épico de volta, com “Gladiador”, também fez um filme de guerra diferente dos demais “Falcão Negro em Perigo”, divertiu-se com o subestimado “Vigaristas”, contou uma história de espionagem em tempos de terrorismo “Rede de intrigas”, mas...
Cometeu “As Cruzadas”, “Hanibal” e “Um Ano Bom”. Filmes esquecíveis e que não poderia ter sujado sua carreira. Fazer... Em “Robin Hood” Ridley se recupera dos atos falhos, faz um filme mais histórico do que aventureiro e por isso só, pode estar dando adeus ao cinemão.
Este “Robin Hood” aposta em quem foi o herói antes de se tornar a lenda. Assim: acompanhamos sua ida para as Cruzadas, podemos presenciar a sua devoção ao rei Coração de Leão e presenciamos uma batalha grandiosa, repleto de areia, como só Ridley e sua equipe sabem fazer.
A partir daí, o filme descamba um pouco para o que já conhecemos, mas novamente enredado na história real: Robin volta para casa e descobre que o rei rouba o povo, ele está distituído de sua herança, forma um bando para fazer pequenos assaltos e por fim, lidera um bando contra os principais invasores de sua Inglaterra – em outra cena de encher os olhos.
Destaque para a ótima atuação de Max Von Sydow, como pai de Cate Blanchett. Bom filme, nota 7,5.
“O Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo” (de Mike Newell)

O filme mostra as aventuras de Dastan (Jake Gyllenhaal, que arranca suspiros das moças) – garoto pobre que é adotado pelo rei da Pérsia. Tempos depois, ele e os seus dois irmãos lideram, cada qual ao seu jeito, as invasões propostas pelo pai e arquitetadas pelo tio (Ben Kingsley, parecendo se divertir com tudo).
Um dos locais invadidos possui um tesouro de grande poder: uma adaga que controla o tempo – você pode voltar no tempo e refazer o que tinha feito. Daí pra frente, tem de tudo: combates bem bolados, romance com tiradas de humor interessantes, viradas na trama que você já sabia que iam acontecer e por fim, a tal mudança de tom no filme que já falei lá em cima e que surpreendentemente deixou a platéia feliz – pelo menos a da minha sessão.
Bom filme, deve fazer boa arrecadação e com certeza se tornar mais uma franquia com a marca Disney, como Piratas do Caribe. Nota 7,5.

Tony Stark existe. Ele é Robert Downey Jr. Isso é mais que uma afirmação. É uma constatação. Se Downey tivesse nascido há mais de 45 anos, ele com certeza teria sido uma inspiração para Stan Lee ter criado a figura de Stark.
A fanfarronice, unida ao charme, somada ao humor sarcástico e a figura de um homem que também sabe tomar decisões importantes na mesma proporção em que pisa na bola – como todo gênio o faz na vida real – é algo corriqueiro na vida do astro e de seu personagem.
Mas é bem visível que este “Homem de Ferro 2” está um pouco acima do seu antecessor. Os vilões estão mais presentes e em certos momentos acabam roubado a cena: o Ivan Vanko de Mickey Rourke é visivelmente perigoso e estrategista, assim como o Justin Hammer de Sam Rockwell é genial e presunçoso – coisas comuns a Stark e seu mundo.
O restante dos personagens está cada vez mais, se fundamentando no universo Marvel em tela grande. A Pepper Potts de Gwyneth Paltrow está charmosa e faz cenas hilariantes com Stark e o motorista e fiel braço direito do empresário, Happy Hogan – Jon Fevreau, diretor do filme – está em duas cenas de ação imperdíveis do filme (o ataque na pista de Mônaco e a invasão ao prédio de Hammer).
A trama é a continuação do que foi feito no primeiro filme: Stark se torna publicamente o Homem de Ferro e assim acaba chamando atenção de rivais da indústria de armamento, ao mesmo tempo, ele acaba sendo questionado pelo Senado Americano sobre a venda e compra de suas indústrias, e por fim, sua armadura está tomando conta do seu corpo.

Bom filme, agora é esperar por Thor! Nota 8,5!